Território Fantasma - Crítica - Nerdizmo
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Território Fantasma – Crítica

Mistérios, dúvidas, tecnologias e mirabolâncias de personagens marcantes

Território Fantasma - Crítica

Território Fantasma - Crítica

William Gibson tem um estilo de escrita que faz jus ao tema que aborda: a realidade dentro da ficção futurista e vice-versa. Território Fantasma retrata um mundo irreal, mas que se parece muito com o que vivemos hoje.

No mais novo lançamento da editora Aleph no Brasil, a conversa de Gibson acontece nos mínimos detalhes. Onde cada sentença dá a impressão que um novo universo é criado. E em torno deste universo, pequenos astros são posicionados, pouco a pouco, até formar um todo.

É assim que acompanhamos a história do segundo livro da trilogia Blue Ant, que sucede Reconhecimento de Padrões e que oferece uma atrativa capa assinada por Pedro Inoue, diretor criativo da revista AdBusters e responsável pelas artes dos livros de Phillip K. Dick da editora Aleph.

Território Fantasma - Crítica

A trama se passa em torno de Hollis Henry, uma ex-vocalista de banda de rock, que tenta faturar uma grana realizando uns freelances como jornalista. Ela é contratada pelo magnata belga, Hubertus Bigend, dono da agência de publicidade Blue Ant, para escrever uma matéria a ser publicada na revista Node.

Enquanto a protagonista se aprofunda no cenário da tecnologia e arte em Los Angeles, a narrativa acompanha outros personagens, como o cubano-chinês Tito, de Nova York, o qual trabalha como “facilitador” para criminosos, e seu parceiro viciado em drogas. Além de Brown, um agente de uma organização secreta. Todos os personagens acabam se interligando por meio das informações que podem comprometer seriamente os Estados Unidos em relação à sua política de guerras, como a do Iraque.

Cada capítulo é reservado para contar um pouco da história de cada personagem. E à medida que avançamos na trama, a teia de aranha se forma, com rapidez, levando-nos a um ambiente cada vez mais obscuro e intrigante.

Território Fantasma - Crítica

Gibson é conhecido por suas histórias que se passam em um futuro distante. Entretanto, conseguiu criar uma narrativa envolvente com destreza, a qual se passa em um mundo atual o qual une elementos da cultura pop, tecnologia, investigação policial e a guerra moderna em um só lugar.

Um ponto interessante de Território Fantasma é que não é necessário ter lido o livro anterior da trilogia para compreendê-lo. Cada livro da trilogia traz um ponto de vista distinto, apenas com alguns personagens que aparecem em um livro e outro, apesar de se passarem no mesmo mundo.

O terceiro livro da série, História Zero, que deve colocar um fim (ou quem sabe sugerir um recomeço) na história, chega em território brasileiro ainda em 2014.

Nota: 3/5

3estrelas

Território Fantasma

Território Fantasma - CríticaEditora: Aleph
Autor: William Gibson
Tradução: Ludimila Hashimoto
Edição: 1ª edição
Ano: 2013
Número de páginas: 400
Acabamento: Brochura
Formato: 14x21cm
Peso: 0,450kg

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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