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Startup quer transformar lixo espacial em hotéis orbitais

Peças que carregam combustíveis também se tornariam centros de pesquisa e depósitos de armazenamento

Startup quer transformar lixo especial em hotéis orbitais

Startups trazem ideias inovadoras, ambiciosas e até bizarras. Como o caso da Maritime Launch Services (MLS), que deseja transformar o próprio lixo espacial que produz em hotéis orbitais.

A startup canadense de lançamentos especiais fez parceria com a empresa de serviços espaciais Nanoracks para pensar uma alternativa de reutilização dos estágios superiores de seus foguetes – peças que carregam combustíveis que são desacopladas e ficam em órbita.

O objetivo é criar o que eles chamam de instalações orbitais: hotéis, centros de pesquisa e depósitos de armazenamento, como eles explicam para a CBC.

“Há muitas coisas que você pode fazer nos estágios superiores e nossa crença principal em Nanoracks é que você não desperdiça algo no espaço – é precioso demais”, disse Jeffrey Manber, CEO da Nanoracks à CBC.

A Nanoracks quer usar os foguetes da MLS para abrigar robôs de soldagem que recondicionarão estágios superiores abandonados em “postos avançados” no espaço, em vez de reenvia-los à Terra para a montagem.

Mas a ideia poderá levar muitos anos para ser aplicada. Dentre tantos quesitos a se pensar, os foguetes da MLS, os Cyclone 4Ms, não são grandes o suficiente para comportarem instalações para uso humano. Além de tudo, Jeffrey não tem certeza de que seria algo seguro.

De acordo com a NASA, o lixo espacial é um problema crescente e os estágios superiores são grande parte dele. A iniciativa da MLS pode ser uma boa solução, uma vez que reutilizar peças antigas significa menos lixo em órbita.

“Nós temos essas coisas lá de qualquer maneira, então por que não pegá-las, reutilizá-las e adaptá-las para algo que tenha um segundo benefício […] que faça mais ciência?”, disse o presidente e CEO da MLS, Stephen Matier, à CBC.


Leia também: Startup russa vende robôs com aparência humana

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Ciência
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