Nerdizmo

Pixels | Crítica: aquele filme que mescla games com Adam Sandler

Quem vai ter coragem de pagar uma fortuna pra ver isso no cinema?

O que vi em Pixels, aquele filme que mescla games com Adam Sandler
Não sei se são os 30 chegando, mas cada vez acho mais chato assistir a esses filmes blockbusters. Fui ver Pixels e volto para casa pensando o que um filme assim agrega para alguém. Efeitos especiais? Ver o criador do Pac-Man? Peter Dinklage malvadão? É tudo igual ao que você já conhece: tiros, explosões, vilão, mocinho, superação, revolta nerd, romance. Nada, absolutamente nada, é novo.
É o tipo de filme que não importa o final, porque você já sabe qual é. Sinto a minha inteligência ferida. Sinto que perdi meu tempo. Penso no cara que vai desembolsar 30 reais para assistir. Porque a gente é saudosista e gosta de ver filmes que prometem nos levar de volta à infância. Mas ai você sai do cinema com a mínima sensação de aprendizado. Nada novo. Nenhuma reflexão.
É claro que estamos falando de entretenimento. Mas dá sim para trabalhar melhor o roteiro e dar credibilidade ao enredo. Porque não adianta: o que faz um filme bom é a história. Sem ela são só imagens que logo mais você esquece. Uso Mad Max: Estrada da Fúria como exemplo de um filme que, mesmo com poucas falas e sendo totalmente focado na ação, tem muita coisa a dizer. Por mais absurdo que possa parecer viver em um mundo pós-apocalíptico daqueles, é bem mais convincente do que ver videogames atacando a Terra.
pixels-01
A história de Pixels é a seguinte: nos anos 80 um rapaz (Adam Sandler) levou o segundo lugar em uma competição de Donkey Kong em arcades. 30 anos depois seu melhor amigo (Kevin James) virou o presidente dos EUA e ele uma espécie de nerd profissional que vai até a casa das pessoas instalar aparelhos eletrônicos. Em um belo dia, aliens interpretam mal os videogames clássicos, e como uma declaração de guerra, atacam a Terra usando Pac-Man, Galaga, Donkey Kong e Centipede.
E é assim que o nerd vai salvar a Terra: sabendo códigos de programação ou, se for mais espirituoso, fingindo ser o personagem do game e lutando para sobreviver.
Entendo toda essa euforia de celebração aos videogames e como eles transformaram uma geração. Sou gamer e acho cada vez mais maravilhoso os videogames se estabeleceram como forma de arte sendo citados em outras mídias. Por isso fico triste. Porque esperava uma história mais bem contada, não simplesmente ver uma chuva de pixels caindo no chão. Esperava mais profundidade. Eu e os nerds agradecem.
2estrelas

Pixels

pixels-boxDiretor: Chris Columbus
Duração: 105 minutos
Elenco: Adam Sandler, Kevin James, Michelle Monaghan
Lançamento: 23 de julho de 2015

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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Moises Tavares
Moises Tavares
8 anos atrás

é os 30 chegando mesmo -.-

Rêmulo Raniery Martone
Rêmulo Raniery Martone
8 anos atrás

Concordo com absolutamente TUDO neste texto.
Não precisamos de filmes assim.

Mateus Neiva
Mateus Neiva
8 anos atrás

Facil para de assistir filme filhao se quer realidade viva a vida filme e uma historia criada nao fatos reais eueim!! eu assiste o filme e achei otimo (y)

Luiz Felipe
Luiz Felipe
8 anos atrás

Nossa isso foi absurdamente exagerado.
Certo, você tem sua opinião e tem o direito de expressa-la…Mas você exagerou, citando pontos negativos que existem em todos os filmes da história(“É tudo igual ao que você já conhece” – Exemplo), ou coisas que só existem na sua cabeça(sua opinião pessoal). ._.

E sabe, crítica não é a mesma coisa que insulto.

Melhor praticar mais sua dissertação, seus textos estão muito ruins…Não leve isso como uma crítica, mas sim uma dica. 😉

Detalhe que não estou defendendo o filme, estou falando sobre suas habilidades em crítica e dissertação. 🙂