The Last of Us - Episódio 6 | Crítica: Irmãos no fim - Nerdizmo
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The Last of Us – Episódio 6 | Crítica: Irmãos no fim

The Last of Us

Partindo para a reta final de The Last of Us, Joel e Ellie finalmente estão a caminho para chegar ao grand finale da trama. Para isso, o primeiro objetivo é completado e o protagonista finalmente encontra o seu irmão, Tommy. No entanto, nem sempre os seus planos se sairão como o esperado e ele se vê de frente a um novo dilema que complicará um pouco mais as coisas.

Tirando os personagens um pouco da rota de perigo e colocando-os na segurança de um local sem pessoas afetadas pelos fungos nem qualquer ser humano querendo matá-los, o enredo agora faz questão de se aprofundar um pouco nas relações entre eles e definir cada ponto antes da grande história ser encerrada.

Mostrando que todos ali tem um pouco mais a oferecer e até dando aos fãs um vislumbre do futuro, o capítulo é responsável por finalmente dar um direcionamento para cada um dos heróis dessa saga. Ellie e Joel começam a ter conversas mais sérias sobre sua jornada, Tommy demonstra que nem todos ficam parados no tempo e mais tornam essa experiência mais densa para tudo o que foi apresentado.

O aprofundamento é importante para seguirmos em frente

O crescimento de The Last of Us

Para aqueles que já jogaram The Last of Us, a chegada de Tommy na trama indica que realmente a trama está se encerrando. O irmão de Joel serve para mostrar o último ponto seguro, o lugar onde eles sonharam em estar e ainda assim tem de seguir para mais um lugar antes de poderem repousar.

Discutir sonhos, o cotidiano antes dos fungos e como se vivia a vida comum em sociedade se tornam um holofote dentro da trama. Afinal de contas, sem a matança, medo e todo o tipo de ameaça que encontraram, quem são eles? Até mesmo a história de Sarah acaba vindo à tona, mostrando que Ellie precisa definir bem o seu papel na vida de Joel.

Tommy representa o último passo antes do grande final

Particularmente falando, eu adorei a experiência de vê-los fora de perigo e tendo de lidar com todas as questões que os acompanharam até o momento. O que não foi dito em The Last of Us será, assim como as coisas que ficaram subentendidas começarão a vir à tona. Mais do que um capítulo de transição, ele foi essencial para estabelecer como será o ritmo final e o que suas decisões impactarão no futuro.

Mais do que encaminhar as coisas para o fim da primeira temporada, ele também serviu para o que veremos a partir da segunda. Com o seriado renovado, Neil Druckmann e Craig Mazin decidiram dar um pequeno vislumbre das coisas que virão por aí, de forma não tão sutil assim, mas consciente. O famoso “fanservice” sem forçar a barra. No entanto, fazer isso em um ponto tão relevante para a história sem estragar nada mostrou coragem e uma delicadeza sem tamanho.

Sonhos e planos são discutidos a partir do episódio 6

O nível não decaiu

O que eu mais andei achando surpreendente no trajeto destes seis episódios foi o fato de que, mesmo sabendo o final através dos videogames, as coisas ali ainda impactam. Pedro Pascal como Joel é de um tamanho que nem mesmo O Mandaloriano carrega. E olha que o Baby Yoda é carismático ao extremo. Bella Ramsay também não fica para trás, mostrando que a pré-adolescência é uma fase complexa, mas bem intensa e que tem suas peculiaridades para enriquecer a história que estão.

Ela não interpreta o tipo de criança que fica calada e aceita tudo o que vê. Sua predisposição é um dos trunfos de The Last of Us, considerando que ela fala e até debate as coisas que acha errado de forma livre na frente de Joel, sem perder o ponto de que está se divertindo com algumas coisas e encantada ao ver mais do mundo fora dos esconderijos dos Vagalumes. O ritmo dos dois juntos é diferente, se unindo e transformando a forma como as coisas se desenvolvem.

Faltam apenas três episódios, com o próximo sendo chamado de Left Behind. O nome da expansão do primeiro game não é à toa, já que finalmente saberemos o que aconteceu no passado de Ellie e a levou até Marlene. E assim nos aproximaremos um pouco mais da jovem, que até agora permaneceu um mistério enquanto seu charme carregava a trama para frente. E compreenderemos um pouco mais do que rolará nos eventos finais do seriado.

Tudo encaminha o seriado para o fim e além dele

Sendo bem sincero com vocês, caros leitores, eu não acreditei que veria uma produção do nível que está sendo nos apresentado. Achei que em algum momento cairia o nível da direção, do roteiro e até mesmo da atuação. No entanto, estamos vendo seis episódios seguidos com um ritmo que se aproxima do ideal para algo do gênero. Isso não eleva o patamar apenas das adaptações de games, mas da forma como as histórias são contadas atualmente.

A HBO sabe a qualidade que carrega, no entanto trazer o game para as telinhas foi um acerto que dificilmente se repetirá. Mesmo que ainda faltem poucos episódios para ser encerrada a primeira temporada, não acredito que aqui eles perderão a mão. Tudo indica que teremos um grandioso season finale e ainda falta um passo para Ellie e Joel se aproximarem de seu destino. E é aqui que as coisas ficarão ainda maiores.

The Last of Us está sendo exibido pela HBO Max todos os domingos, a partir das 23h. Veja mais em Críticas de Séries!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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