The Last of Us - Episódio 5 | Crítica: Tempos sombrios - Nerdizmo
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The Last of Us – Episódio 5 | Crítica: Tempos sombrios

The Last of Us chega na metade se mostrando um dos maiores acertos de 2023, olha que o ano mal começou.

The Last of Us

A HBO adiantou o episódio 5 de The Last of Us por causa da apresentação do Super Bowl LVII neste domingo, apresentando ele na sexta-feira às 23h. Depois de vermos como Joel e Ellie chegaram dentro do prédio, somos apresentados às figuras de Henry e Sam. Não tivemos um episódio completo de sua jornada no passado, como foi com Bill e Frank, mas ainda continua contando uma trama intacta e que se encaixa perfeitamente em toda a jornada que vimos até agora.

Logo de cara descobrimos a razão de todo o conflito entre a FEDRA e a população, o motivo pelo qual Henry é caçado e suas motivações para acabar ajudando a instituição militar. Sam, seu pequeno irmão, também é um personagem gigantesco e ouso afirmar que grande parte do episódio só vai para frente graças ao charme que ele carrega.

Porém, caso já tenham notado, o maior brilho do capítulo segue nos detalhes. Nas palavras que não são ditas, nos olhares e em tudo que é inserido nas entrelinhas da trama. Eu ouso dizer que é neste fator que toda a qualidade do seriado está inserido e que fez ele se tornar um hit instantâneo. Pedro Pascal e Bella Ramsay tem uma química pai/filha que é invejável e gera todo o ritmo para continuarmos na frente das telinhas.

Sam e Henry carregam o episódio nas costas, mas Joel e Ellie ainda são importantes

Heroísmo e vilania se misturam em The Last of Us

Este episódio de The Last of Us é focado na fuga de Joel, Ellie, Henry e Sam de dentro da cidade comandada por Kathleen e sua milícia. Após um breve prólogo, que mostra alguns detalhes que são importantes para mover a trama e nos aproximar dos personagens novos, o plano começa a ser executado e traz momentos que eu classificaria como impactantes.

Por mais que tenhamos a figura de Joel como um “herói” e Kathleen como “vilã”, nem mesmo o roteiro deixa ela na mão e explica as razões dela agir com mão firme e porque ela deseja tanto a cabeça de Henry na sua mesa. E eu deixo aqui meus cumprimentos para a atuação de Melanie Lynskey, que passeia tranquilamente entre os papeis de tirana e a delicadeza de uma pessoa que foi ferida no passado e deseja apenas um acerto de contas, sob sua visão.

Mostrar Kathleen e seu passado foi um grande acerto

A própria história também não deixa a desejar, levando os personagens a contarem não apenas sua própria saga, mas de todo o universo que os cerca. Demonstrar os túneis, falarem sobre sua utilização e como a FEDRA agiu no passado em relação a eles é não só uma ferramenta para passar o tempo vago, mas sim uma verdadeira expansão sobre tudo que rolou ao redor deles durante os anos que vimos passar do início de Joel e sua filha até a chegada de Ellie.

Neil Druckmann e Craig Mazin sabem que acertaram em tudo e continuam investindo em um mergulho lento e prazeroso na trama que trouxe The Last of Us às telas da TV. Quem jogou, sabe o que vai ocorrer, mas continua ali e atento. Quem nunca nem passou perto de um videogame também. O elenco, enredo, toda a ambientação, construção de efeitos gráficos e práticos, tudo tem um carinho incomum nessa indústria e merece ser consagrado como tal. Pode anotar, em 2024 não será apenas um Grammy que eles vão levar para casa.

Henry tem uma razão para fugir

Ainda virão grandes coisas no futuro

Até mesmo as “grandes” surpresas que o capítulo carrega são verdadeiramente empolgantes, trazendo cenas que deixam o espectador apreensivo. Vamos ser sinceros, eu conheço a trama tanto do primeiro quanto do segundo game. Sem spoilers aqui, mas há momentos onde eu observo e penso “meu, não tem escapatório. Joel e Ellie estão em apuros real ali”. A saída nem é tão elaborada, mas eles conseguem fazer você crer que existia tal possibilidade. Ninguém está inventando moda e isso é importante para contar essa história.

E retomando o que eu disse no início do texto, a questão dos detalhes é outro fator que ajuda ainda mais todos os demais aspectos. O fator de Joel realmente se mostrar incomodado toda vez que citam a sua paternidade, os olhares de Ellie assustada com diversas situações distintas e até mesmo o pequeno Sam com todo o charme de uma criança que, apesar dos problemas, não deixou de ser uma. Até Kathleen se mostra uma mistura de doçura e ódio difícil de vermos em outros vilões hoje em dia.

Joel e todos os demais passam por perigos reais em sua jornada

Se existe uma fórmula para se criar uma série de sucesso, a HBO com toda a certeza a carrega consigo. Podemos não gostar do fim de Game of Thrones, mas ela carregou um destaque gigantesco por sua qualidade por muitos anos. Westworld e Chernobyl foram outros grandiosos materiais deles, que abalou as estruturas do storytelling por um tempo. A Casa do Dragão, apesar de ser um spin-off, segue os mesmos passos de sua antecessora. The Last of Us só marca ainda mais a emissora como a casa de tramas que são bem contadas. Nem todas são, mas a curva está mais a favor do que contra.

Agora o próximo episódio será exibido apenas no domingo da próxima semana, no dia 19 de fevereiro de 2023. Até lá, recomendo que se recupere dos impactos emocionais e psicológicos que este lhe trará porque vem mais bomba por aí. Joel continua em busca do irmão, o passado de Ellie ainda não foi explorado a fundo e se o fim disso for semelhante ao que vimos nos videogames, ainda teremos muitas surpresas vindo por aí.

The Last of Us é exibido pela HBO Max todos os domingos a partir das 23h. Veja mais em Críticas de Séries!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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celio
1 ano atrás

foi otimo o ep! Um exagero aqui e ali, mas daria 9.5 facil