The Idol S01E02 | Crítica: As portas do inferno se abrem para Jocelyn - Nerdizmo
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The Idol S01E02 | Crítica: As portas do inferno se abrem para Jocelyn

The Idol S01E02 | Crítica: As portas do inferno se abrem para Jocelyn

The Idol S01E02 continua a história de Jocelyn, uma estrela pop da música que passa por perturbações intensas, levando seu histórico de fama, e principalmente a perda recente de sua mãe.

A narrativa segue a linha do primeiro episódio, mas se aprofunda um pouco na mente da artista, que se vê presa em um inferno dentro do mundo do entretenimento. Um local onde ela sente que não pode se expressar e fazer o que bem entender.

Mantida na coleira por sua mãe, Jocelyn luta para sobreviver após sua morte

Não sabemos ainda ao certo qual a relação da artista com a sua própria mãe, mas temos muitas pistas de que era algo nada saudável.

Na verdade, tudo indica que era extremamente abusivo.

O que nos dá a entender é que Jocelyn, desde criança (pelo menos desde os 11 anos de idade), se apresenta e se vende como artista, dançarina ou cantora.

Isso mostra que sua mãe era quem estava por trás da administração da vida dela. Era a sua agente. E vendeu tanto o seu corpo quanto o seu talento desde então.

Ela se tornou uma estrela global, e com isso luta para manter a sua fama em um mundo em transformação.

Porta aberta para a manipulação

Esse estado quebrado e a ponto de ter um surto psicótico não leva Jocelyn a ter problemas apenas em torno do seu trabalho. Ela se torna uma porta aberta para pessoas ruins entrarem em sua vida.

Eis que entra Tedros, um “empresário”, dono de uma boate, que mais tarde descobrimos que é um cara muito misterioso. E que realiza coisas bem obscuras com os seus “talentos”.

Isso, girando em torno do sexo, da depravação.

Tedros conseguiu entrar na vida de Jocelyn de forma sorrateira. Vendeu para ela um potencial, e pretende usar isso para levantar seus próprios negócios.

A moça, totalmente disfuncional e a beira de um ataque psicótico, entrou na dele. E a influência disso começa a aparecer em sua música, também em suas ações.

Assim como ela era dominada por sua mãe, de forma deturpada, ela gosta de ser dominada por Tedros. Aqui, no entanto, em um sentido sexual.

Parece que ela gosta de que alguém exerça poder sobre ela. Especialmente sobre o seu corpo, suas ações.

Isso coloca ela em um lugar de conforto. E é justamente o que Jocelyn busca. Alguém para dizer o que ela deve fazer, como fazer, e porque fazer.

Não é a toa que ela chama sua mãe, mesmo morta, durante as tentativas de gravações do novo clipe.

O episódio termina de forma poética. E destrutiva.

Temos ali Jocelyn se rendendo. Ela se sente parte de uma nova família. A família de Tedros. O cara que “acolhe” artistas underground. Que, na realidade, são artistas quebrados psicologicamente, e que são mantidos em seu cabresto devido a sua personalidade absolutamente abusiva.

Referências a grandes estrelas da vida real

É interessante notar que Jocelyn traz diversas referências a estrelas reais da cultura pop. No primeiro episódio, tivemos referências a história de Britney Spears e sua conturbada carreira.

Neste episódio, há um pouco mais. Notamos ali muito de Miley Sirus, um pouco de Madonna, e diversas outras estrelas do pop que passaram por poucas e boas na indústria do entretenimento.

The Idol mostra como esse mundo pode ser horroroso. Principalmente fora dos holofotes. E faz isso com maestria.

A série está em exibição na HBO MAX.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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