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Partido Pirata está no topo das pesquisas nas eleições da Islândia

Partido luta pela liberdade e anonimidade na Internet.

Enquanto vemos um show de horrores em relação à política no Brasil e também nos Estados Unidos (com a eleição envolvendo o bizarro Donald Trump), a Islândia toma um rumo diferente. E surpreendente.

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Durante as pesquisas feitas pelo jornal Morgunblaðið em parceria com o Instituto de Pesquisa de Ciências Sociais da Islândia, o Partido Pirata ficou no topo, com 22,6% de intenção de votos para as eleições que ocorrem em 29 de outubro.

Eles estão há um ponto e meio na frente do Partido da Independência (atualmente eleito) e quatro acima dos Left-Greens — o partido da ala da esquerda na região.

Se o Partido Pirata for eleito, a intenção é de implementar uma plataforma que inclui o direito à privacidade e o direito ao anonimato na Internet no país. Farão um pedido ao governo para que os dados sejam compartilhados em formatos abertos.

Entre as propostas do grupo está uma ideia para fazer da Islândia um refúgio de dados em que a informação não pode ser divulgada, semelhante ao papel da Suíça como um refúgio para transações financeiras secretas.

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Membros do Partido Pirata durante comício na Islândia.

Isso também significa que a líder do partido, Birgitta Jónsdóttir, uma das duas piratas eleitas na última eleição da Islândia em 2012, passaria de ativista do WikiLeaks para Ministra.

Jónsdóttir ajudou o Wikileaks a produzir a divulgação de vídeos que vazaram de ataques aéreos norte-americanos em civis em 2010.

Um horror: sobre Assange e o Wikileaks

Ao sofrer forte represália de agências, governos e inimigos ideológicos, o Wikileaks atualmente age graças a colaboradores e hackers anônimos em torno do mundo com o objetivo revelar documentos secretos principalmente ligados a empresas e escândalos governamentais.

O site já vazou documentos sobre operações secretas da CIA, assassinatos de civis por parte do exército norte-americano, detalhes de atentados, procedimentos em guerras, comércio ou relações entre políticos.

Julian Assange, o principal editor do Wikileaks, atualmente vive “preso” na embaixada do Equador em Londres (Reino Unido) desde 2010. Se ele colocasse o pé para fora do lugar, seria preso e, se extraditado para os EUA, condenado à prisão perpétua.

Isso é o mínimo, levando em conta a história do principal suposto informante do Wikileaks, o soldado Bradley Manning.

Manning, que está preso na base naval de Quantico, foi mantido nu, em isolamento, impedido de dormir, sob iluminação direta e vigilância de câmeras 24 horas por dia. Trata-se do que a CIA chama de “tortura sem contato”.

A ONU (Organização das Nações Unidas) constatou neste ano que a detenção de Assange na Embaixada do Equador pelo Reino Unido e na Suécia é arbitrária e ilegal e que ele deve ser libertado e compensado.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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