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NVIDIA está de olho na evolução da sociedade

NVIDIA

A NVIDIA, através de seu CEO Jensen Huang, anunciou diversos recursos que vão auxiliar na performance do uso dos computadores para a evolução de nossa sociedade moderna. Com tecnologia que vai ultrapassar tudo o que conhecemos atualmente, ela pretende impulsionar a velocidade de processamento e do uso da nuvem para criar um verdadeiro cenário digital onde visualizaremos o próximo passo para o nosso futuro.

A ideia da empresa é simples: usar o Omniverse para unir todo o ambiente tridimensional com a nossa realidade, fazendo ambas trabalharem em conjunto em prol do crescimento e aproveitamento dos dois cenários. Para isso, os servidores e o Metaverso vão ser os principais elementos que agirão daqui em diante e pavimentarão o caminho a seguir.

O Omniverse para a NVIDIA

Já disponível, o Omniverse é a ferramente da NVIDIA que permitirá que façamos a integração de todo nosso ambiente físico no mundo digital. Não apenas para termos bonecos 3D que andam de forma desengonçada de lá para cá, mas sim para uma utilização palpável em nossa realidade e que auxilie profissionais do mundo todo a atingirem seus objetivos mais facilmente em um processamento de alta performance.

O plano é unir design, produção, desenvolvimento de jogos e aplicativos, saúde, comércio, transporte, telecomunicações e diversos segmentos em um lugar só. Centrados em seus servidores, o público terá à sua disposição uma infinidade de ferramentas que impulsionará seu negócio e tornará tudo ainda mais veloz e eficiente no mundo moderno.

De acordo com a própria NVIDIA, atualmente temos 3.5 milhões de desenvolvedores e 12 mil start-ups trabalhando nela, assim como 3.000 apps em funcionamento. O plano é ampliar isso ainda mais e gerar a adesão de diversos outros para a sua plataforma. E, para demonstrar o plano em ação, eles montaram em sua apresentação diversos exemplos para visualizarmos que o futuro já está entre nós.

Uma infinidade de ferramentas está disponível no Omniverse

A utilização da tecnologia no mundo atual

Para demonstrar todo o processo em ação, foram mostradas as utilizações do Omniverse em algumas companhias que já aderiram ao cenário. Por exemplo, a Siemens mesmo está trabalhando recentemente com a JT Connections, responsável pelo uso do Metaverso para que o processo de design, engenharia, produção e fabricação estejam centrados em todo o mundo e consigam rodar simulações precisas antes mesmo da primeira peça ser criada.

A Telco também já entrou nessa, aplicando todos os testes de velocidade 5G em escala global: dentro do ambiente digital. Montar toda a estrutura no mundo real é o próximo passo dela, já que a tecnologia auxiliou no processo geral de checagem e correção de erros que poderiam ter comprometido toda a operação.

Enquanto isso, A NVIDIA também mostrou que a DNEG está usando diversas ferramentas distintas para criar as animações de seu estúdio, assim como a Deutsche Bahn consegue monitorar toda a performance de seus trens e trilhos em tempo real, auxiliando na melhoria do serviço e prevenção de acidentes no transporte entre várias outras funções.

Aprimorar a tecnologia é primordial para evoluirmos

Eles planejam usar a infraestrutura como serviço através do Omniverse Cloud. Assinando ao serviço deles, você terá acesso a tudo isso e muitos recursos adicionais que implementarão ao longo do tempo para unificar as atividades tecnológicas do nosso planeta. De robótica, inteligência artificial até em geração de imagens, todos terão espaço para criar e ter isso com a máxima performance possível.

Tudo isso estará centrado na nova arquitetura de GPU da empresa: Ada Lovelace. Homenagem à lendária programadora, o novo equipamento permite a combinação de inteligência artificial, renderização em tempo real e simulação para criar e validar diversos cenários diferentes que podem ser usados no nosso dia-a-dia. Conhecida também como RTX 6000, ela será a grande responsável pelo avanço de todos estes fatores especificados acima.

Com 48GB de memória e gráficos neurais, a NVIDIA deseja impulsionar uma nova era para que todos se adequem nos próximos 10 anos. Ela conta com RT Cores de última geração, Tensor Cores de quarta geração, Núcleos CUDA que duplicam a taxa de transferência e aumentam a precisão, virtualização e desempenho XR, que permite diversas ações simultâneas por streaming. Ela terá distribuição global a partir de dezembro de 2022.

Conheça Ada Lovelace

Como isso funcionará nos games?

A RTX 4090 Ti, que contém a tecnologia Ada, vai permitir uma performance ainda melhor no mundo dos games. Durante o vídeo com o CEO da companhia, pudemos ver jogos como The Elder Scrolls III: Morrowind e Portal rodando como se fossem semelhantes aos títulos das últimas gerações. Isso graças ao dobro de velocidade de processamento e a iluminação Ray Tracing, que atinge até 4x mais do que as placas atuais. Inclusive a Valve relançará o seu ilustre jogo remasterizado para a nova placa.

Além disso, foi mostrado o novo estado do DLSS 3, que traz ainda mais luzes e cores para jogos consagrados como o Cyberpunk 2077 e Microsoft’s Flight Simulator. Estamos falando, logicamente, de games que já estão a um tempo no mercado. Você consegue imaginar quando esta tecnologia cair na mão dos desenvolvedores para se embasarem em seus próximos? O salto disso, junto ao que já conhecemos da Unreal Engine 5 da Epic Games pode ser um absurdo.

Nos Estados Unidos, a NVIDIA cobrará o valor de US$1.599 pela RTX 4090 Ti em seu lançamento em 12 de outubro de 2022. Já a RTX 4080 virá com um preço mais acessível: US$899. Nenhuma delas ainda tem uma data exata para chegar ao Brasil.

A RTX 4090 Ti chegará em outubro

A Inteligência Artificial como nossa auxiliar

Além de todas estas novidades, também foi revelado Thor: o processamento de informações para inteligência artificial supremo e que pode gerar uma profundidade maior para a mecânica de deep learning. Com potência de 2.000 TOPS e 2.000 TFLOPS, eles serão essenciais para que tudo isso possa nos auxiliar o mais breve possível a executar funções que tem uma demora bem ampla e exigem uma velocidade maior para entrar de acordo com nossa geração.

Só para terem uma ideia, o programa NVIDIA Drive utiliza um estágio avançado desta tecnologia. Com ele, a direção de carros através da IA se torna ainda melhor com a disponibilização de ferramentas funcionando simultaneamente à direção. Ou seja, o meio de transporte terá a performance bem mais próxima de um ser humano: checando todo ambiente ao redor, situações adversas e ajustando tudo em tempo real.

O recurso adapta uma recriação 3D do mapa dentro do cenário virtual que permite o veículo processar as mudanças distintas de cenários no trânsito para a maior segurança do ser humano que estiver levando. A demonstração revelou diversas formas de como isso pode ser utilizado e surpreende através do potencial dela. Em diversos momentos é perceptível a maestria no volante e creio que não deve demorar muito para termos isto em nosso cotidiano. Se tornará o futuro dos carros – dois computadores dentro dele com a tecnologia ORIN e usando Thor.

No futuro a direção será mais segura e interativa

Entre outras demonstrações, podemos ver robôs de diversas funções: desde a básica de garra usada em fábricas até no mercado de delivery e agricultura que usam a Jetson Orin NANO. Temos a plataforma ISAAC que vai conectar todo o ecossistema relacionado à robôs para dinamizar a performance de centenas de máquinas simultaneamente e está disponível na Nuvem. Ela oferece simulação, mapeamento e treinamento no segmento que permitirá diversas aplicações.

Na medicina, por exemplo, a NVIDIA planeja adequar tudo isso para auxiliar na evolução dos equipamentos atuais e dinamizar o salvamento de vidas. Com máquinas agindo em conjunto onde o homem não consegue, salvar mais pessoas será uma possibilidade que pode e deve ser aproveitada. Ainda que haja muitos céticos, não acredito que alguém reclamaria de ter um problema resolvido por uma máquina e não corra mais riscos maiores.

Isso sem falar na BioNemo, que terá um papel importantíssimo para nos ajudar a conhecer os maiores mistérios do corpo humano. Isso auxiliará a mapear nosso DNA, por exemplo, assim como melhorará a performance de cientistas para desenvolver remédios e tratamentos. Lembra daqueles filmes onde a sociedade tem uma cura para tudo e vivemos sem doenças físicas? Isso ajudará a nos aproximarmos desta realidade.

A plataforma TERRA ajudará cientistas a trabalharem com a BioNemo

A tríade da NVIDIA

A estratégia usada pela companhia será unir três elementos principais para oferecer tudo isso: computadores RTX, o sistema OVX e a velocidade de servidores GDN de rede. Somados ao poder da nuvem e da placa Ada Lovelace, saímos do campo “testes” e podemos finalmente botar a mão na massa para definir o nosso futuro.

Utilizar computadores extremamente velozes e auxiliar na evolução da nossa sociedade, em todos os aspectos dela. Jensen Huang afirmou que há muito mais que será mostrado em breve, porém tudo isso está bem perto de nós agora. O que não está disponível, será ampliado até o fim deste ano, por exemplo. Isso porque nem citei a CV-CUDA – o programa de fonte aberta para acelerar o processo de processamento em até 10x e está liberado e a H100, que corta o uso e custo de diversos servidores para a ocupação de espaços menores.

Com a promessa de abraçar o futuro, a NVIDIA tem um baita trabalho a partir de agora: convencer as empresas a aderirem aos seus serviços e mostrar que sua qualidade não é só da boca para fora. Claro que conhecemos a performance deles, mas estamos em um novo estágio e, se tudo for feito da forma correta, pode representar o próximo passo em nossa evolução tecnológica. E estamos ao vivo vendo isso acontecer.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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