Loki - T2xE5 | Crítica: O deus do ego - Nerdizmo
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Loki – T2xE5 | Crítica: O deus do ego

Loki

Confesso que, depois do excelente episódio 4 de Loki, eu estava completamente cético e certo de que me desapontaria com o caminho que tomaria neste quinto capítulo. Independente do que fizessem ou mostrassem, eu já tinha a certeza de que nada mais me abateria das coisas que vi em seu antecessor.

Pois é, meus caros leitores que acompanham nossas críticas por aqui, mais uma vez eu estava enganado. Sendo bem honesto, até gosto de dizer isso. Porque mostra que alguns conteúdos não estão “mortos” como muitos clamam e que o MCU ainda é um bom palco para boas histórias – mesmo as que podem não estar nos levando para onde desejamos.

Neste episódio 5, Loki vê todos os seus amigos e parceiros espalhados por ramificações na linha do tempo e devolvidos à sua vida comum. Sim, exatamente o que você está pensando, veremos Mobius e todos os demais em seu cotidiano – como se a TVA nunca os tivesse arrancado dali e feito uma lavagem cerebral em cada um. E essa nem é a melhor parte do que vimos.

Mobius vendendo jet ski nem é o melhor deste episódio

Aprofundando Loki

Vendo toda a linha do tempo sendo quebrada bem na sua frente, Loki segue atrás dos seus colegas de equipe para reverter essa situação – se é que há uma forma de voltar ao estado que estavam anteriormente. Só que, neste caminho, ele sofre alguns impactos que podem influenciar bastante as suas decisões dali em diante e não só ele passa por isso.

Parte do destaque que verá neste episódio é uma atuação impecável e invejável de Tom Hiddleston, que continua adicionando camadas ao antigo vilão e mostrando o quanto dá para mergulhar mais depois de 12 anos interpretando o mesmo personagem. Este fator é o que mais chama a atenção dentro do capítulo, pois revela algumas coisas sobre ele que já sabíamos, mas que nunca sonhávamos em vê-lo admitir.

O diálogo entre Loki e Sylvie revela mais do que vários filmes que tivemos

Para chegar neste ponto, atingimos um debate bem importante que é o egoísmo. Quem nós queremos enganar, todos nós somos egoístas (em graus diferentes, obviamente). A partir do momento que vemos Loki admitir o seu próprio e que tudo que estava fazendo tinha um centro bem impactante, toda a percepção sobre o episódio e a série mudam e temos ali – bem na nossa frente – uma construção ainda mais sólida sobre ele.

A partir deste ponto, também conseguimos notar uma grande motivação para os demais. Eles não são apenas ex-agentes da TVA – agora que a realidade está se desfazendo, igual o que é visto em What If…. Mobius tem dois filhos e se preocupa com o que está ocorrendo, não por ser a “coisa certa” ou por trabalhar como um dos maiores profissionais da agência temporal. Porém, para deixar um mundo estável para ambos sobreviverem.

E o que dizer de Ouroboros? Tirem tudo deste personagem e ainda continuamos com uma das melhores adições da segunda temporada da série. Sem todo o prestígio da TVA, dos anos sendo aclamado e dos fãs de seus projetos, ele se mantém com os mesmos ideais e tenta – a todo custo – trazer uma boa história para quem estiver apto a ouví-lo.

A realidade está dando adeus

O caos reinou

Outro potisito que podemos citar deste episódio de Loki é o caos que toma conta da narrativa. Temos no começo uma “Iniciativa Vingadores” com a TVA e depois as coisas escalam de tal forma que te prendem na poltrona/sofá e te destroem ao fim do episódio. De referências ao filme Vingadores: Guerra Infinita e até mesmo um grande revés, tudo acabará empolgando o público.

Quando vi na sinopse de que cada um tinha voltado à sua linha do tempo original, até tive esperanças de rever Thor ou outros seres asgardianos. Porém, mesmo sem isso, ainda consegui me divertir e me emocionar com o que era apresentado em sua narrativa e diálogos. Para mim, isso é um dos pontos mais importantes de que a série atinge o impacto desejado.

O fim está próximo

Eles não precisam entregar o que eu espero ou aquilo que seria o “ideal”. Basta entregar uma boa história e oferecer um crescimento digno para os seus personagens. O restante, como vemos em Loki, vemos se montar sozinho na frente do público. Continuo sem saber o que esperar do Season Finale, mas de certo vai voltar a mexer com todo o MCU e com este arco do Multiverso.

Por fim, devo aclamar também a atriz Sophia Di Martino por mais uma vez roubar o ar como Sylvie. Há uma cena em específico onde unem a excelente atuação dela com CGI muito da bem-feita e uma composição de cena absurda para te fazer enxergar como é estar no meio de uma realidade em ruínas. Aquilo, para mim, já teria feito todo o episódio valer a pena – caso não fosse tão excelente quanto esta sequência.

Loki está sendo exibido na Disney+ todas as quintas-feiras, a partir das 22h (horário de Brasília). Veja mais em Críticas de Séries!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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