O Beijo (1907-1908), do pintor austríaco Gustav Klimt é sua obra mais famosa, uma das mais reproduzidas no mundo, e traz diversas informações interessantes e curiosas.
A pintura é considera antagônica; por um lado evoca a felicidade da união erótica, por outro, questiona a identidade das duas pessoas e dos dois sexos. Revelam também a influência que Sigmund Freud tem sobre as produções artísticas de Klimt, que refletem os anseios intelectuais, eróticos e simbólicos.
Curioso, não é? Mas não para por aqui, confira abaixo mais fatos interessantes sobre o quadro.
Klimt foi muito ridicularizado na primeira década do século XX por suas pinturas no teto da Universidade de Viena. Ele expressava suas interpretações de Filosofia, Medicina e Jurisprudência através de nudezes nas obras, as quais foram ridicularizadas como “pornográficas” e “excessivamente pervertidas”, ferindo sua reputação.
Para se recuperar da má reputação, em 1907 começou a pintar furiosamente, mas duvidou do próprio trabalho. Ele confessou em uma carta: “Ou eu sou muito velho, ou muito nervoso ou muito estúpido, algo deve estar errado”. Mas pouco tempo depois, ele começaria a pintar sua obra mais popular.
A Galeria Austríaca exibiu O Beijo pela primeira vez em 1908, embora Klimt não houvesse concluído seu trabalho. Sua forma inacabada não impediu que o Museu Belvedere (também conhecido como Österreichische Galerie Belvedere) o adicionasse à sua coleção.
Como uma obra de arte inacabada é comprada? Você deve fazer uma oferta que não pode ser rejeitada. Para adquirir a tela, o Belvedere pagou 25.000 coroas (cerca de US $ 24.000). Antes desta venda gigantesca, o preço mais alto pago por uma pintura na Áustria era relativamente insignificante, cerca de 500 coroas.
A Áustria considera O Beijo um tesouro nacional, então o museu vienense que o abriga nunca pensaria em vender a obra. No entanto, se uma transação vier a acontecer, se prevê que o quadro baterá recordes de venda novamente. Afinal, o famoso ” O Retrato de Adele Bloch-Bauer”, também de Klimt, foi vendido por 135 milhões de dólares em 2006. O New York Times na época disse ser “o valor mais alto já pago por uma pintura”.
A pose dos amantes representados em O Beijo reflete as formas naturais favoritas do movimento Art Nouveau de Viena (Viena Jugendsti). No entanto, as formas simples com design arrojado do manto que envolve o casal mostra o impacto do movimento Arts and Crafts, enquanto o uso da arte espiral remonta à idade do Bronze.
Inspirado pelos mosaicos bizantinos que havia visto em suas viagens, Klimt mesclava folhas de ouro em suas pinturas a óleo para criar o seu estilo, que se tornou sua assinatura.
A obra do pintor se concentrava principalmente em mulheres, e por esse motivo, a inclusão de um homem na pintura foi algo incomum para ele. As vestimentas modestas dos protagonistas também marcam este quadro como uma das criações mais conservadoras de Klimt.
Alguns historiadores de arte têm teorizado que os amantes do quadro são o próprio pintor e sua parceira de longa data, a estilista Emilie Flöge, que já havia sido representada em outro quadro.
Outros supõem que a senhora encantadora de O Beijo é na verdade a socialite Adele Bloch-Bauer, que posou para outro retrato da “Era de Ouro” de Klimt, no mesmo ano. Outros sugerem que o cabelo vermelho é um sinal de ser a “Red Hilda”, uma modelo representada em Danaë, Lady with Hat and Father Boa, e Goldfish.
O Beijo mede 180 X 180 centímetros.
Enquanto a composição original de Klimt é um quadrado perfeito, a popularidade de reproduções da pintura estimulou inúmeros cartazes, postais e lembranças. Mas esses souvenires normalmente cortam os lados direito e esquerdo da pintura, para criar um retângulo de exibição mais padronizado.
O uso da cor dourada nas artes de Klimt remete aos adornos usados em artes religiosas encontradas em igrejas. Utilizar folhas de ouro para celebrar os prazeres terrenos, a sensualidade e a sexualidade foi considerado por alguns como blasfêmia.
Em 2003, a Áustria emitiu uma moeda comemorativa de 100 euros que tinha uma gravura de O Beijo em um lado, e um retrato de Klimt no outro.
Talvez seja pelo tamanho, talvez pelo ouro. Mas ao reavaliar O Beijo no 150º aniversário de Klimt, o jornalista Adrian Brijbassi escreveu, “O Beijo de Gustav Klimt supera as expectativas, ao contrário da pequena e decepcionante Mona Lisa”.
Após a constatação polêmica, Brijbassi explicou, “[O Beijo] faz o que supostamente uma grande obra de arte deve fazer: cativar seu olhar, fazer que você admire suas qualidades estéticas na tentativa de discernir o que vai além de seus aspectos superficiais”.
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