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15 curiosidades sobre O Beijo de Gustav Klimt

A pintura é considera antagônica; por um lado evoca a felicidade da união erótica, por outro, questiona a identidade das duas pessoas e dos dois sexos

O Beijo (1907-1908), do pintor austríaco Gustav Klimt é sua obra mais famosa, uma das mais reproduzidas no mundo, e traz diversas informações interessantes e curiosas.

A pintura é considera antagônica;  por um lado evoca a felicidade da união erótica, por outro, questiona a identidade das duas pessoas e dos dois sexos. Revelam também a influência que Sigmund Freud tem sobre as produções artísticas de Klimt, que refletem os anseios intelectuais, eróticos e simbólicos.

Curioso, não é? Mas não para por aqui, confira abaixo mais fatos interessantes sobre o quadro.

15 curiosidades sobre O Beijo de Gustav Klimt

1. A carreira de Klimt estava em decadência quando pintou O Beijo

Klimt foi muito ridicularizado na primeira década do século XX por suas pinturas no teto da Universidade de Viena. Ele expressava suas interpretações de Filosofia, Medicina e Jurisprudência através de nudezes nas obras, as quais foram ridicularizadas como “pornográficas” e “excessivamente pervertidas”, ferindo sua reputação.

2. Klimt criou sua mais famosa obra em um momento de pânico criativo

Para se recuperar da má reputação, em 1907 começou a pintar furiosamente, mas duvidou do próprio trabalho. Ele confessou em uma carta: “Ou eu sou muito velho, ou muito nervoso ou muito estúpido, algo deve estar errado”. Mas pouco tempo depois, ele começaria a pintar sua obra mais popular.

3. O Beijo foi comprado antes de ser terminado

A Galeria Austríaca exibiu O Beijo pela primeira vez em 1908, embora Klimt não houvesse concluído seu trabalho. Sua forma inacabada não impediu que o Museu Belvedere (também conhecido como Österreichische Galerie Belvedere) o adicionasse à sua coleção.

4. O Beijo bateu recordes de venda

Como uma obra de arte inacabada é comprada? Você deve fazer uma oferta que não pode ser rejeitada. Para adquirir a tela, o Belvedere pagou 25.000 coroas (cerca de US $ 24.000). Antes desta venda gigantesca, o preço mais alto pago por uma pintura na Áustria era relativamente insignificante, cerca de 500 coroas.

5. Esse valor se tornou uma pechincha

A Áustria considera O Beijo um tesouro nacional, então o museu vienense que o abriga nunca pensaria em vender a obra. No entanto, se uma transação vier a acontecer, se prevê que o quadro baterá recordes de venda novamente. Afinal, o famoso ” O Retrato de Adele Bloch-Bauer”, também de Klimt, foi vendido por 135 milhões de dólares em 2006. O New York Times na época disse ser “o valor mais alto já pago por uma pintura”.

6. A obra reflete um choque de estilos artísticos

A pose dos amantes representados em O Beijo reflete as formas naturais favoritas do movimento Art Nouveau de Viena (Viena Jugendsti). No entanto, as formas simples com design arrojado do manto que envolve o casal mostra o impacto do movimento Arts and Crafts, enquanto o uso da arte espiral remonta à idade do Bronze.

7. O Beijo é o primeiro exemplo da “Era Dourada” de Klimt

Inspirado pelos mosaicos bizantinos que havia visto em suas viagens, Klimt mesclava folhas de ouro em suas pinturas a óleo para criar o seu estilo, que se tornou sua assinatura.

8. O Beijo foi o começo de um dos temas principais de Klimt

A obra do pintor se concentrava principalmente em mulheres, e por esse motivo, a inclusão de um homem na pintura foi algo incomum para ele. As vestimentas modestas dos protagonistas também marcam este quadro como uma das criações mais conservadoras de Klimt.

9. O Beijo pode ser um autorretrato

Alguns historiadores de arte têm teorizado que os amantes do quadro são o próprio pintor e sua parceira de longa data, a estilista Emilie Flöge, que já havia sido representada em outro quadro.

10. Ou a mulher poderia ser outra de suas recorrentes musas

Outros supõem que a senhora encantadora de O Beijo é na verdade a socialite Adele Bloch-Bauer, que posou para outro retrato da “Era de Ouro” de Klimt, no mesmo ano. Outros sugerem que o cabelo vermelho é um sinal de ser a “Red Hilda”, uma modelo representada em Danaë, Lady with Hat and Father Boa, e Goldfish.

11. O quadro é realmente grande

O Beijo mede 180 X 180 centímetros.

12. Sua forma é muitas vezes modificada pelo merchandising

Enquanto a composição original de Klimt é um quadrado perfeito, a popularidade de reproduções da pintura estimulou inúmeros cartazes, postais e lembranças. Mas esses souvenires normalmente cortam os lados direito e esquerdo da pintura, para criar um retângulo de exibição mais padronizado.

13. O Beijo é possivelmente blasfemo

O uso da cor dourada nas artes de Klimt remete aos adornos usados em artes religiosas encontradas em igrejas. Utilizar folhas de ouro para celebrar os prazeres terrenos, a sensualidade e a sexualidade foi considerado por alguns como blasfêmia.

14. Klimt e O Beijo viraram moeda

Em 2003, a Áustria emitiu uma moeda comemorativa de 100 euros que tinha uma gravura de O Beijo em um lado, e um retrato de Klimt no outro.

15. Pessoalmente, O Beijo nunca decepciona

Talvez seja pelo tamanho, talvez pelo ouro. Mas ao reavaliar O Beijo no 150º aniversário de Klimt, o jornalista Adrian Brijbassi escreveu, “O Beijo de Gustav Klimt supera as expectativas, ao contrário da pequena e decepcionante Mona Lisa”.

Após a constatação polêmica, Brijbassi explicou, “[O Beijo] faz o que supostamente uma grande obra de arte deve fazer: cativar seu olhar, fazer que você admire suas qualidades estéticas na tentativa de discernir o que vai além de seus aspectos superficiais”.

 


Leia também: Obras de Gustav Klimt ganham vida em ensaio fotográfico

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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