A depressão pode ser vista como um caminho de escuridão que uma pessoa enfrenta. Ele pode ser longo, mas não é infinito. Bloom, um comovente curta sobre a depressão apresenta uma metáfora de como, neste caminho, um gesto simples de alguém pode nos guiar até a luz.

“Às vezes é preciso simplesmente suportar um período de depressão pelo que se pode apreender de iluminação, se pudermos viver através dela, atento ao que ela expõe ou exige”, escreveu a poetisa May Sarton.

A depressão é um mal do qual ninguém está livre. O estigma sobre a doença tem sido desconstruído a cada vez que os índices globais crescem, indicando que ela não atinge gênero, classe social ou faixa etária específicos.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche, o poeta John Keats e a dramaturga Lorraine Hansberry já expressavam sofrer de um ‘mal que atinge a alma’, em épocas diferentes, inclusive quando a doença ainda não tinha ganhado o título médico de “depressão”.   

A ajuda de um profissional é fundamental. Mas a arte, a autorreflexão e o autoconhecimento são ferramentas importantes que uma pessoa tem em mãos para se sustentar nessa jornada.

O que é preciso para atravessar a escuridão, neste caminho onde olhar para trás é fundamental para compreender o que te machucou tanto e te trouxe até este momento?

Bloom, o curta-metragem sensível, captura a essência da doença em uma paleta de cores cinzas. Em uma metáfora que ressalta como todo ato de gentileza gera uma corrente de boas ações onde todos repassam um tanto de luz, o filme também mostra como, neste caminho escuro e conflituoso, é possível plantar uma semente dentro de nós que, eventualmente, há de crescer.

Assim o título da animação se preenche de sentido: em inglês, a palavra bloom significa: flor, florescimento, expansão, brotação, desenvolvimento.

Uma bela representação do que Neil Gaiman já disse uma vez:

“Às vezes basta um estranho, em um local escuro … para nos aquecer na estação mais fria.”

Assista Bloom, um filme de Emily Johnstone, no player abaixo. E, se você estiver no escuro, eu desejo que encontre logo a sua luz. Mas se você conhece alguém que está, este curta pode te mostrar como um ato simples pode mudar tudo.


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Raquel Rapini

Jornalista movida pela curiosidade de saber mais sobre qualquer assunto. Escreve sobre arte, cultura, games e assuntos gerais relacionados às ciências, sociedade e mundo geek.

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