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The Division 2, um mundo pós-apocalíptico cheio de coisas para fazer

Logo que começamos a jogar The Division 2, imaginamos que este seria um possível futuro para a nossa sociedade: um mundo devastado e pós-apocalíptico.

Logo que começamos a jogar The Division 2, imaginamos que este seria um possível futuro para a nossa sociedade: um mundo devastado e pós-apocalíptico onde algumas poucas pessoas ainda têm alguma dignidade e lutam para sobreviver.

Enquanto isso, outros sucumbiram ao crime e obscuridade e se enturmaram em gangues espalhadas pelas cidades, com o intuito apenas de saquear e dominar tudo sem qualquer ordem ou preceito moral.

Diferente do primeiro game da série, que se passa em Nova York, desta vez caminhamos pelas ruas de Washington, a capital norte-americana, em busca de suprimentos para tentar salvar o que sobrou de humanidade por aí.

Tanto que a aventura começa rumo à Casa Branca, onde a base de operações da Divisão (como os mercenários do bem são chamados), e já mostra o potencial que o game oferece, com gráficos extremamente bem trabalhados e uma jogabilidade casca grossa.

A salvação é um pretexto para a diversão

Convenhamos que, apesar de ser um game inspirado nas ideias de Tom Clancy, autor de dezenas de livros sobre espionagem militar, a história de The Division 2 não é lá grandes coisas. Nem mesmo importa muito, para falar a verdade.

A epidemia de vírus mortal que assolou o mundo e matou muita gente serve apenas como um pretexto para você fazer parte de um grupo de salvadores e andar pelas ruas em busca de itens poderosos e travar batalhas incessantes contra inimigos.

Essa parte, inclusive, é o melhor que o game oferece.

O sistema de combate é interessante e muito desafiador. Podemos dizer até que estamos diante de uma das melhores inteligências artificiais em um game de tiro.

Cada embate oferece um alto grau de dificuldade, que exige do jogador estratégia e habilidade na hora de procurar proteção, se mover e usar habilidades específicas.

Essas habilidades podem ser destravadas ao longo do jogo, e incluem o uso de drones, torres de tiro ou fogo, gadgets que servem de ataque, cura ou apoio para você e seus aliados.

Existem diversos tipos de missões, deste primárias da história, secundárias, defesas de ponto de controle, salvamento de reféns, busca por suprimentos, etc.

Cada uma delas dá a chance de você aprimorar o nível do personagem, destravar habilidades e principalmente coletar itens melhores.

Como trata-se de um jogo “loot and shoot”, o foco aqui está em participar dos combates e adquirir novas armas, coletes, mochilas, joelheiras, luvas, respiradores e itens em geral cada vez melhores.

É possível jogar sozinho, mas você certamente morrerá muito mais vezes do que em grupo.

Com companheiros é mais divertido e mais dinâmico. Uma pena que The Division 2 torne o jogo em grupo um tanto difícil. Muitas vezes você busca companheiros e aliados, e eles nunca chegam. E aí, você vai se lascando até aparecer um ou outro no grupo.

A ambientação pós-apocalíptica

As ruas de Whashington foram recriadas com extremos detalhes. É muito legal andar por aí e reparar em cada detalhe os quais os produtores se dedicaram.

São carros capotados por um canto, lixo empilhado no outro. Barricadas mostram que há bases inimigas ou pontos de controles próximos. Há vegetação espalhada pelas ruas, indicando que “faz um tempo que o mundo foi devastado”, e as texturas, prédios, efeitos de luz, especialmente com HDR e em 4K (como no Xbox One X, onde testamos o jogo) ficam esplêndidas.

A trilha sonora acompanha as cenas de embate muito bem, com músicas que combinam com a ação, como se você estivesse em um filme.

A todo momento tenso, a música também fica tensa. Enquanto isso, os efeitos sonoros também fazem um bom trabalho, apesar de vez ou outra simplesmente falharem durante o jogo.

Isso tudo torna a ambientação do mundo devastado bem interessante de ser explorada. E coloca o jogador na pele de um sobrevivente que também é uma espécie de herói para o povo que ainda permanece de pé.

Elementos de RPG que deixam tudo mais legal

Mais do que apenas um shooter, The Division 2 é um jogo de tiro em terceira pessoa, mas que traz muitos elementos de RPG.

Um exemplo disso são os combates longos contra os inimigos.

Há quem reclame disso, e chame os inimigos “esponja de balas”, pois eles precisam levar muitos tiros até serem vencidos.

Desta vez, os bandidos mais parrudos apresentam uma camada grossa de armadura, que precisa ser quebrada antes de serem diretamente atingidos. E alguns apresentam pontos fracos que facilitam essa quebra.

Nós já vemos isso como um ponto positivo, pois está diretamente ligado aos RPG’s, onde não é nada fácil vencer um inimigo.

Para isso, você precisa se posicionar muito bem, pensar em quais habilidades usar, quando e como. Além de se equipar bem no quesito de defesa, e escolher a arma que mais te agrada na hora do tiroteio.

Tudo isso torna o game muito mais interessante do que os jogos de tiro convencionais, já que insere elementos táticos no universo do jogo. Especialmente quando temos uma inteligência artificial casca grossa para bater de frente.

Modos para brincar quando terminar o jogo enquanto espera por conteúdo novo

As zonas cegas são áreas que servem para os jogadores encontrarem equipamentos especiais e melhores, mas não são nada fáceis.

Para começar, nessas áreas é liberado o PvP, ou seja, jogadores podem matar outros jogadores. Isso faz com que você aja com muito mais cautela, e nunca saiba as reais intenções dos outros players. Especialmente quando eles podem armar uma emboscada e te trair para conseguir os bons equipamentos.

O tempo dirá se isso vai dar certo, levando em conta que a Ubisoft revelou ser um “experimento social”, por enquanto.

Além dessa área, o jogador pode também participar de ataques a fortalezas, que oferece também um desafio a mais para quem quer variar na jogabilidade.

A diversão em recolher os cacos de um mundo devastado

Para concluirmos, The Division 2 é uma excelente opção de loot and shoot disponível no mercado. Isso porque o jogo oferece tanto uma ambientação excelente de um mundo pós-apocalíptico, com dezenas ou até centenas de horas de diversão.

Principalmente quando a Ubisoft promete lançar conteúdo gratuito ao longo do ano, que deve inserir ainda mais variedade do que as missões presentes atualmente.

Há alguns bugs, como inimigos que desaparecem do nada, entram na parede, se deslocam rapidamente e sem qualquer realidade física, ou falhas nas animações. Mas isso de fato não atrapalha em nada no jogo – são mais problemas engraçados.

O que pode irritar em alguns momentos é o tempo que você leva para achar onde deve ir em algumas missões. Mas também, nada que torne o jogo problemático a ponto de ser frustrante. Ossos do ofício… quem nunca ficou preso em um game procurando uma porta ou onde prosseguir com a narrativa, não é mesmo?

Em resumo, o título tem uma proposta excelente, e tem um grande potencial de crescer ainda mais, levando em conta o conteúdo adicional que está por vir.

Portanto, se você curte esse lance de mercenários, exploração de mundo aberto, jogabilidade que oferece desafio, recursos online para jogar em grupo e elementos de RPG em meio disso tudo, The Division 2 certamente vai te agradar muito.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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