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Star Trek: Strange New Worlds – Episódio 8 | Crítica

Star Trek

Acredito que não tenha uma palavra melhor para definir o episódio de Star Trek: Strange New Worlds que não seja “galhofa”. Porém, não me entendam errado caros leitores. Apesar de ser algo completamente fora da caixinha e representar uma decisão que não fará sentido para uma grande parte do público, acredito imensamente que o caminho que escolheram foi o mais adequado para trazer a magia de sua essência a todos.

Uma entidade está influenciando a tripulação da Enterprise, mergulhando todos num “sonho” um pouco absurdo: todos fazem parte de uma fantasia medieval onde o doutor M’Benga é o rei e os demais interpretam seus súditos e principais inimigos. Inclusive, sua maior oponente é Uhura por ali. Já dá para imaginar o caos que isso se torna, não é?

Entre descobrir o que está acontecendo e viver sua fantasia, o médico se depara com o que creio ser uma mudança de atuação das mais impactantes que já vi nessa franquia. Na’An como uma donzela indefesa? Kirk agindo como um covarde conselheiro? Spock sendo um mago maléfico? É disso para “pior”, mas é neste ponto que a série realmente brilha.

O episódio é focado em M’Benga e Rukiya

Não é apenas uma piada em Star Trek

Eu confesso que torci um pouco minha expressão e me irritou um pouco ver o início do capítulo dessa semana. Star Trek: Strange New Worlds é uma série tão boa, como que puderam enfiar essa situação que parece não ter pé nem cabeça em um conteúdo que estava acertando tanto pelas últimas semanas? Simples, o problema não era o programa, mas sim eu.

Ainda que comece ele da mesma forma que assisti, tenha fé que a produção te levará exatamente onde você precisa estar na trama. Usando a palavra que ditei no início desta crítica, a “galhofa” além de ser parte essencial da franquia, executa um belo papel aqui não apenas de atuação, mas sim de roteiro. Nas entrelinhas conseguimos ver diversas composições que fazem tudo que conhecemos ser mais elevado do que achamos ser possível.

Quem não gosta de uma galhofa de vez em quando?

Porém, não ache que tudo será risadas e de tom leve. Tratando justamente da relação entre M’Benga e sua filha, Rukiya, temos um dos momentos mais belos de toda a série e que mostra como verdadeiramente o médico está lidando com o problema de saúde dela. Colocado de frente à uma decisão pesada, será que veremos o profissional abrir mão de algo extremamente importante para si pelo bem dela? Ou há outras opções?

No meio de risos e lágrimas, a produção prepara Star Trek: Strange New Worlds para o seu fatídico fim de temporada na próxima semana. Já nos foi mostrado quem é o grande oponente deles neste arco e também estamos encerrando algumas pontas soltas que ficaram na história da tripulação da Enterprise. O que falta? Irem para a fronteira final e desvendarem os maiores mistérios da galáxia por ainda mais anos pela frente.

Este episódio completa a trama para o futuro

Caminhando em direção às grandes histórias

Sabem a sensação que tenho ao assistir essa série? A mesma que tive quando li One Piece em seus anos dourados. Não que esteja ruim agora, muito longe disso, mas quem não lembra da diversão que foram os primeiros arcos? Conhecer o passado de cada personagem, se importar com cada membro do bando de Luffy e se encantar com o desenvolvimento destes heróis? É assim que estou vendo a equipe de Pike também.

Com um cuidado muito forte com o passado deles, mostrando seus sentimentos, histórias e decisões, vemos um primor que nem todas as produções costumam carregar. Já assisti muitas séries e raramente eu vejo algo do gênero. Algumas focam demais na trama e deixam os personagens em segundo plano. Outras fazem o contrário. Essa a Paramount+ acertou em cheio em conquistar os dois ao mesmo tempo e sem perder o charme.

Ver o desenvolvimento de cada personagem é muito bom

Não me estranha Star Trek: Strange New Worlds ter sido renovada antes mesmo de estrear, sendo uma prova de confiança de que aquilo que tinham em mãos era valioso. Como fã, não poderia pedir menos, já que ela se mostrou uma grande força do mês passado para cá. Se um dia considerei nem assistir e escrever estes textos para vocês, não sabia nem 1/10 do que estaria perdendo caso tivesse deixado para lá.

Na próxima semana veremos o último capítulo e mal sei o que esperar depois do que vi neste. Entre excelentes histórias, galhofas, reuniões de tripulação, aventuras impactantes e ameaças rondando todos eles, na verdade podem seguir para qualquer lugar que creio que continuarei acompanhando toda essa jornada. E você?

Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibido através da Paramount+, todas as sextas-feiras a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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