Críticas de Séries

Star Trek: Strange New Worlds – Episódio 1 | Crítica

A nave Enterprise está de volta em Star Trek: Strange New Worlds, levando as histórias do Capitão Pike, Spock e de diversos outros personagens onde homem algum jamais esteve. A nova série da franquia, nascida diretamente dos eventos vistos em Discovery, finalmente chegou na Paramount+ e trazendo tudo o que a linha tem de melhor. E não digo apenas em efeitos visuais e histórias extremamente alinhadas.

Neste novo seriado já começamos diretamente vendo o que aconteceu após a intensa viagem no tempo que Michael Burnham e sua equipe realizaram para o futuro. Pike está vivendo longe da Tropa Estelar, traumatizado por acabar vendo e sentindo sua própria morte. Spock voltou a viver em Vulcano e está em um relacionamento que leva ao conflito entre viver uma vida comum ou continuar suas aventuras pelo espaço. Neste cenário, um acontecimento será responsável por unir a tripulação e partir no que seria a última jornada deles.

A missão: resgatar a imediata de Pike em um planeta que não conhece vidas alienígenas. Porém, ao chegar no local e ver que eles possuem uma perigosa tecnologia em mãos, a tarefa começa a mudar e eles se veem envolvidos ainda mais na situação para apenas completar seu objetivo e meter o pé dali. A partir disso, espere cenas de ação, sci-fi, tecnologia e, acima de tudo isso, coração.

A aventura pode ser no espaço, mas seu coração que será tocado

Um passo humano em Star Trek

Se você assistiu apenas os últimos conteúdos criados pela franquia, Star Trek: Strange New Worlds te acertará em cheio em um fator que era o motor principal do seriado original: o humano. Podemos ter inúmeras raças alienígenas, uma aventura bem na nossa cara e até efeitos visuais impressionantes. Porém, nada substitui o sentimentalismo e as motivações que vão levar este elenco adiante. E, pelo que vi, isso será importantíssimo para nos contar a história sobre estes personagens.

Não me entendam errado, caros leitores. Por exemplo, Discovery também tem isso de forma acentuada. A diferença é que, lá, vemos eles reagindo a eventos maiores. Há uma trama grande rolando a cada temporada e acompanhamos suas aventuras no meio disso. Pelo visto, o novo seriado abordará isso de outro modo. Não apenas o drama, mas as maiores motivações que cercam nossas vidas parecem se tornar o principal foco para a resolução dos problemas.

Por exemplo, assim que eles chegam no planeta desconhecido e descobrem que eles carregam consigo uma bomba capaz de devastar a vida ali, assim como nossos mísseis atômicos aqui na Terra, a coisa muda de lado. O que inicialmente era apenas uma missão de resgate, acaba se tornando algo maior e Pike parte para fazê-los perceber o quanto a guerra abalou nossa vida por aqui e causou males mais sinistros.

As motivações da tripulação são o ponto forte

Vou ser bem sincero com vocês, Star Trek: Strange New Worlds me deu esperança de novo na humanidade. Vivemos em tempos complicados, onde todo o ódio na internet, conflitos internacionais e até a crueldade da nossa espécie ressaltam o que temos de pior. Em um episódio me bateu o único sentimento de que há coisas boas dentro de nós também e que enquanto houver uma pessoa decidida a mudar este status quo, talvez tenhamos salvação.

Vamos combinar, uma série espacial que consegue despertar algo assim com apenas um episódio não merece ser assistida? Me cativando por completo, eles ganharam um novo fã que não estava nem considerando assistir ao episódio de estreia. Sou do tipo que prefere muito mais ver as aventuras da Discovery, a ficção científica sendo explorada ao máximo e catástrofes sendo impedidas ao longo da temporada. Apesar disto, sério, o que vi na Paramount+ foi uma obra-prima.

“Obra-prima” define

Passado e futuro definidos? Nem tanto assim

Sabem o que este seriado me trouxe à tona? O sentimento que a série original do Capitão Kirk gerava em seus fãs no passado. Pode acontecer qualquer coisa na tela, mas o importante é como a tripulação viverá aquilo e como suas experiências pessoas farão o problema ser superado. Precisa no ponto onde criamos laços com os personagens, bastou um capítulo de Star Trek: Strange New Worlds para desejar ver onde que todos vão parar a partir dali.

Ainda que o destino de alguns já esteja definido, como do próprio Pike, Spock, da cadete Uhura e diversos outros personagens, aqui veremos como eles foram parar onde conhecemos. E vale notar a pequena dica que é dada conforme o capítulo nos instrui dentro da narrativa: nenhum futuro está 100% definido e algumas coisas podem não sair como todos esperamos que corra. Levando em consideração que pode ser uma realidade alternativa, não sabemos se as coisas serão exatamente da forma que vimos e isso é excelente para não nos prender em algo tão sólido.

O futuro não está escrito em pedra

E o que nos resta, no meio disso tudo, é viver essa jornada e conferir com nossos próprios olhos onde ela levará. Por enquanto, dê uma chance de se abrir para essa experiência que não se arrependerá do que é visto. Particularmente falando, também dou um ponto positivo para a plataforma Paramount+. Para um serviço que assinei apenas para ver a quinta temporada de Discovery, terminar Halo e abandonar logo em seguida, estou preso a outro conteúdo e parece que isso não vai se encerrar tão cedo assim.

Se você é fã da franquia e de histórias com personagens fortes, está no lugar certo. Também aclamo a atuação de Anson Mount no papel principal, passando de forma delicada os sentimentos conflitantes que o capitão carrega enquanto tem de parecer firme em sua cadeira na ponte. Nem sempre há a resposta para tudo, mas enquanto o líder estiver disposto a dar um passo, a equipe o acompanhará. E bastou um capítulo para nós darmos este passo junto deles, então não hesite e venha conosco nessa jornada através da fronteira final.

Star Trek: Strange New Worlds está sendo exibido através da Paramount+, todas as sextas-feiras a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!

Diego Corumba

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