Série Viewpoint atrai com misto de tensão e voyeurismo

Viewpoint é uma daquelas séries para quem gosta de investigação minuciosa. Não aquelas cheias de perseguições, ação, tiros, perigos em cada esquina.

A proposta aqui é diferente. O foco está na vigilância.

Temos na história um ex-policial que trabalha em uma agência de vigilância na cidade de Manchester (Reino Unido), e ele é designado a acompanhar um caso de uma professora que desaparece repentinamente.

A única pista é o sapato da moça, que ficou em um parque próximo de seu apartamento. E logo as suspeitas começam, tanto com o marido destemperado da mulher, quanto em relação a vizinhança e as pessoas que ela tinha contato.

O desenvolvimento da narrativa é muito interessante, e a gente acompanha as vidas das pessoas junto com o personagem principal.

Como o nome da série diz, formamos ali nosso ponto de vista.

A trama se desenrola não só em relação ao desaparecimento da moça, mas também em outros mistérios e segredos.

Podemos notar que todo mundo ali tem algo a esconder, ou tem alguma coisa intrigante por trás dos sorrisos, abraços e tapinhas nas costas.

Baseado em uma ideia do diretor vencedor do prêmio Emmy e Fleabag, Harry Bradbeer (Killing Eve, Enola Holmes) e co-criado e escrito pelo vencedor do prêmio Edgar Ed Whitmore (Safe House, Manhunt), trata-se de uma série eletrizante para quem gosta de construção lenta e desenvolvimento de personagens e trama.

É muito bem escrita e desenvolvida. E a cada capítulo traz um novo mistério, uma nova suspeita. E queremos saber cada vez mais sobre o que aconteceu.

O elenco convence, e está extremamente bem em cada papel. Destaque especial para o protagonista Noel Clarke, que faz o papel de Martin King.

A narrativa é dividida em cinco partes, e isso faz com que a série seja “devorada” rapidamente para quem curte o gênero. E pode esperar que há bastante intriga e reviravolta no meio dessa história.

Viewpoint é uma série provocante e interessante, que proporciona momentos de tensão e interesse de quem está assistindo. E captura o voyeur que temos dentro de todos nós com uma atmosfera eletrizante.

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