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RimWorld: Ideology | Review: Crenças mais atrapalham do que ajudam

A nova expansão RimWorld: Ideology, do consagrado game narrativo de gerenciamento de bases foi lançada. Tivemos acesso à novidade e oportunidade de jogar pelo menos 20 horas do novo pacote.

Mas e aí, será que o conteúdo novo entrega uma experiência interessante e significante, a ponto de ser algo que faz jus ao jogo base? Acrescenta muita coisa. Bem, vamos discorrer sobre isso.

Qual a ideia do RimWorld: Ideology?

O lance aqui é inserir religião no game. Crenças dos mais diversos tipos que os personagens passam a acreditar, praticar e viver sob preceitos.

Esses preceitos são escolhidos pelo jogador de forma bem abrangente no início de uma partida. Você pode customizar sua seita, religião ou o que for. Dá para ser tanto fundamentalista, acreditar em algo divino, ou apenas ser mais “filosófico”.

Você pode criar tanto um grupo supremacista canibal, quanto um coletivo que adora árvores. Cada escolha tem uma consequência na jogabilidade e em como você gerencia sua colônia. Mas todos eles precisam de imagens de suas crenças, altares ou locais para rituais e festas.

O problema é que, dependendo da escolha, a coisa pode ficar bem difícil.

Hardcore ou não, você escolhe

Se você curte uma jogabilidade casca grossa, o jogo oferece isso para você com a nova expansão de RimWorld: Ideology.

Convenhamos, já é bem difícil gerenciar a colônia e as pessoas no modo normal. Manter os bons humores, as pessoas vivas ou saudáveis. Bem, o sistema de crenças dá uma apimentada a mais em tudo isso.

Adoradores de árvores, por exemplo, ficam tristes quando você derruba uma árvore para abrir espaço ou para produzir madeira – algo absurdamente útil na produção de móveis e estruturas. Canibais radicais precisam de carne humana para sobreviver e não passar fome. Naturalistas amantes de animais não gostam quando você abate um animal para produzir alimento ou couro para usar nas roupas. E transhumanistas pedem que você instale partes biônicas ou transformem eles em espécies de ciborgues.

Tudo isso torna a jornada mais complicada, mas você tem a opção no início de selecionar níveis de crenças e o quanto elas implicam na jogabilidade.

Como sou um cara que curte a diversão de passar o tempo e construir de forma pacífica, minha crença foi criada com base apenas no coletivismo. E com pessoas extremamente liberais. Ou seja, livres para terem quantos amantes quiserem, que não ligam para cadáveres, nem gênero, e têm uma taxa de pesquisa mais rápida do que o convencional.

Fica a seu critério. Mesmo assim, há alguns elementos que de qualquer forma você precisa atender.

Elementos que podem ser bem chatos

Qualquer Ideologia aqui faz com que você precise lidar com as pessoas e com o que elas querem. Então, isso exige dedicação, construção de salas especiais pra isso, uso de roupas adequadas para gente de cargo significante, etc.

Isso pode ser um pé no saco às vezes. Porque, além de ter que atender as vontades de cada um do grupo, precisa ter um monte de tipos de altares e lidar com as chateações e conflitos entre um e outro.

Isso, porém, pode ser algo que os jogadores que curtem mais desafio possam gostar. A princípio, vi todo esse sistema como algo um tanto tedioso. Mas com o tempo de jogo, acabei me acostumando e sabendo lidar com tudo isso.

Claro, do meu jeito. Afinal, costumo jogar com uma folga de “segurança” para que tudo não se torne um caos, as pessoas se matem e tudo mais. Depois de mais de 300 horas de jogo você começa a aprender o que dá certo e o que não dá.

Qual a melhor parte?

A melhor parte de tudo, a meu ver, estão nas missões. Tanto na expansão Ideology, quanto na Royalty, a melhor parte na minha opinião está em determinadas quests que surgem em meio a aventura.

Isso se resume em ajudar pessoas, abrigar refugiados, receber visitantes por um tempo, cuidar de animais, salvar pessoas de campos de aprisionamento, explorar o mundo em busca de relíquias e recursos. Tudo isso dá um toque de diversão a mais, e a meu ver são os melhores recursos das expansões.

Vale a pena?

Bem, se você joga RimWorld há um tempo, com certeza vale a pena conferir as novidades que a DLC entrega. Em especial, as novas missões disponíveis. Não só o sistema de crenças.

Para quem não é familiarizado com o jogo, recomendo começar com o jogo base, aprender a se desenvolver, lidar com a colônia e simplesmente sobreviver. Depois passar para os elementos mais casca grossa com as expansões.

No final das contas, são adições muito bem vindas e que dão uma nova vida ao jogo. Se você unir isso com os inúmeros e excelentes MODs que existem para o jogo, a experiência fica ainda melhor.

RimWorld: Ideology está disponível no Steam.

Veja mais reviews de games!

Flávio Croffi

Jornalista há mais de 18 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principoais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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