Cinema

Pacificador – Episódio 5 | Crítica: O anúncio do grande final

O quinto episódio de Pacificador mostrou ao que a série veio, trazendo um tom mais sério e definitivo para a produção e sem perder a graça que carrega. Por mais que o seriado de James Gunn tenha se inspirado no filme O Esquadrão Suicida, onde o personagem estreou e abriu espaço para o seu conteúdo solo, podemos ver um crescimento grandioso e que promete muitos frutos de sua obra solo para o futuro do Universo DC.

Se formos levar em consideração o filme, inclusive a ameaça no seriado é maior do que a vista no longa-metragem. Starro é um problema, um dos grandes na verdade, mas não oferecia uma invasão alienígena completa no nosso planeta. O vilão só queria controlar nossas mentes para sobreviver, coitado. Ele também seria combatido pelas figuras mais controversas da Terra. Com as borboletas a história muda de lado e o que temos é um anti-herói, um coadjuvante que ninguém bota fé e alguns agentes para impedir o caso.

A espécie, felizmente, não é a única vilã que o protagonista vai ter de encarar. Por mais que as borboletas sejam os antagonistas centrais da trama, Chris também será levado a confrontar as forças policiais que seguem atrás dele e o perigoso Dragão Branco. Faltando pouco para vermos o desfecho disso, parece que finalmente a ação vai tomar o seu lugar e o grupo vai ter bastante trabalho para sobreviver a tudo isso acontecendo simultaneamente.

As borboletas fazem parte da maior dor de cabeça do Pacificador

Crianças da Rua 11

Este capítulo de Pacificador foi o mais explicativo de todos, colocando todos os pingos nos is antes de chegarmos à sua conclusão. O que são as borboletas, qual o objetivo delas, onde que elas estão concentradas, as pessoas da alta cúpula que assumiram o controle e tudo é mostrado claramente em tela. Também temos um vislumbre do poder de fogo que carregam, sendo uma grande ameaça aos mocinhos…ou quase isso.

Por exemplo, ninguém esperava que elas comandassem animais também e rolasse uma intensa luta contra um certo gorila dos quadrinhos. Claro que tudo é resolvido em uma sequência muito criativa e até esperada durante o episódio, porém faz uma grande diferença em tudo que já vimos até aqui. Vamos combinar que o único combate justo foi contra Judomaster, então isso atingiu outro patamar de forma até simples.

As descobertas também escalam, com algumas revelações vindo à tona e preparando o terreno para o fim. Por mais que o roteiro não seja algo lá tão genial e esteja trazendo tudo conforme o previsto, ouso dizer que a forma como fazem isso é onde se esconde a verdadeira magia da série. A execução supera qualquer ponto do que foi mostrado e só é comparável com a atuação dos atores. Ambos fazem disso uma grande obra-prima, sem sombra de dúvidas.

A atuação e carisma dos personagens está um nível acima

Tanto John Cena como o próprio Pacificador quanto os demais membros do elenco demonstram um grande carisma que mal se vê nas outras produções. Há uma cena neste episódio, onde todos estão ouvindo música dentro da van e curtindo a presença dos outros que ficou tão bonito e tão cheio de alma que não acredito que logo daremos o adeus para o material. Espero que não seja o último momento deles juntos, festejando e curtindo.

Para a infelicidade geral, teremos de esperar mais uma semana para ver mais das pontas soltas que ficou deste. Esse mesmo desenrolar que está avançando bastante traz ainda mais dúvidas para quem assiste, criando um grande mistério em torno da aventura. Afinal de contas, qual o grande plano de Amanda Waller? Será que a amizade de Chris e do Vigilante vai sobreviver aos eventos do grand finale? Harcourt vai ceder aos avanços do anti-herói? Murn é um aliado ou parte dos vilões?

Será que Harcourt e Chris terão uma chance juntos?

Proteja a paz, Pacificador!

E no meio de todo este caos, o Pacificador segue com a sua fé inabalável de que precisa proteger a paz a qualquer custo. O mais bacana é que, apesar de estar no papel de grande protagonista, ele não passa nem perto de ser um herói apto a inspirar as pessoas. Muito pelo contrário, na verdade, com seus atos sendo fortemente repreendidos pelo restante da equipe. Dá até para imaginar o que ele estava fazendo para acabar em Belle Reve e em um dos grupos mais perigosos de toda a história da editora.

Apesar disto, é exatamente o que o Universo DC precisava para se sair bem em ao menos uma das produções. Com as séries do Arrowverse decaindo em qualidade, as animações sem o brilho que já tiveram e os filmes sendo uma verdadeira bagunça entre o multiverso, era preciso um pouco do cinismo que ele carrega. É de uma coragem admirável, colocar um personagem destes no papel principal, mostrá-lo fazendo e falando as coisas erradas e ensinar através da narrativa o quanto estes acontecimentos não deviam ser prolongados.

Vamos falar sério aqui? Na verdade é exatamente o que a Marvel precisava para sair um pouco da mesmice. Você pode até comentar sobre o Deadpool, mas alguém sabe aqui quando veremos um filme dele no UCM? Não consta nem na agenda oficial deles, então vai demorar. Enquanto isso, por aqui o Pacificador brinca com a existência do Bat-Mirim, solta umas verdades sobre o próprio Batman e Superman e vira todos esses personagens do avesso. Vai me dizer que a Casa das Ideias não precisava rir um pouco de si mesma também?

A DC precisava rir de si mesma, assim como a Marvel

Com muito humor e agora a chegada de bastante ação, vai ser difícil segurar o freio da série até o fim. Prepare-se para grandes emoções, incluindo a aguardada participação especial que James Gunn prometeu. Se você esqueceu dela, vale a pena lembrar que há um personagem do universo cinematográfico que aparecerá também na série e muitos apostam que é algum ator que também fez parte de O Esquadrão Suicida. Mas vai saber se é algum membro da Liga da Justiça? Tudo é possível.

O Pacificador é exibido todas as quintas-feiras através da HBO Max a partir das 5h. Veja mais críticas de filmes e séries!

Diego Corumba

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