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Os games superam Hollywood?

Quando pensamos em entretenimento, Hollywood vem à mente como a principal produtora de lazer. Mas isso está mudando.

Os games superam Hollywood?

Quando pensamos em entretenimento, Hollywood vem à mente como a principal produtora de lazer, com seus grandes espetáculos e enormes orçamentos que investem em astros e os mais modernos efeitos visuais.

Em contrapartida, a indústria de jogos eletrônicos tem se apoiado em tecnologias modernas e narrativas dignas de cinema para conquistar, a cada ano, um número maior de jogadores.

O que antes era considerado coisa de “nerd” tem caído no gosto de um público mais diverso, seja em questão de idade, gênero, classe social e, até estereótipo. Mas será que os games superam Hollywood?

A resposta é sim, em alguns casos. Como por exemplo, o mais recente jogo da franquia de Call of Duty, o Modern Warfare, superou a lucratividade de filmes com maiores vendas de bilheteria como “Harry Potter e As Relíquias da Morte Parte 2”, “Star Wars Episódio IX” e “Jurassic World”.

Cena do game Call of Duty: Modern Warfare

O motivo não está somente na tecnologia implementada em lançamentos de jogos a cada ano. Também podemos analisar outros aspectos que têm atraído novos públicos ao mundo dos games.

O sucesso de bilheteria de um filme está ligado, obviamente, a vendas de ingressos de cinema. Atualmente, com a acessibilidade a serviços de streaming, criamos uma nova maneira de aproveitar o lazer: dentro de casa. Descobrimos que estar em casa pode ser tão ou mais prazeroso quanto encontrar atividades na rua. Os games caminham na mesma direção.

Vivemos uma época em que estão sendo descontruídos os estigmas que estereotipavam os jogadores como “nerds”, “antissociais” e até “preguiçosos”. Porém, com o avanço tecnológico dos games, modos de jogo cooperativos, online e a possibilidade de jogar com amigos formando parties dentro do jogo, isso se tornou uma atividade social.

Ou seja, os jogos estão ganhando mais aceitação como produto tecnológico em uma sociedade quem tem se adaptado cada vez às novas tecnologias.

Não que os jogos já não fossem antes o motivo de reunião entre amigos para jogarem juntos. Mas, agora, cada um diretamente de sua casa, pode conhecer e jogar com pessoas do mundo todo, online.

Além disso, temos que ver como a experiência de fruição com os jogos engloba algo muito mais abrangente do que o cinema: neles, participamos das narrativas e, em alguns casos, até podemos definir o direcionamento da história, através das nossas escolhas ao longo do jogo. Ou seja, você deixa de ser um consumidor passivo de uma história, como no cinema, e passa a fazer parte dela.

Outro quesito a ser analisado é a qualidade de gráficos graças aos motores gráficos (engines) que permitem criar cenários muito mais realistas, imersivos e com profundidade. Ambientações que inclusive inspiram o mundo do cinema.

Quem assistiu ao recente filme de guerra 1917, pode ver com clareza como as cenas de batalha e ambientações são inspiradas em jogos FPS como Call of Duty e principalmente Battle Field. A série The Mandalorian, por exemplo, utilizou a tecnologia Unreal Engine, motor de jogo desenvolvido pela Epic Games para jogos como Gears of Wars, para criar os cenários digitais da série.

Abaixo você confere um infográfico criado pelo time de roleta online da Betway Cassino, que especifica este cenário.

Infográfico: Quando os games superam Hollywood

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A produção cinematográfica usada nos games

Não é segredo que o cinema é amplamente usado como fonte de inspiração para diversos jogos atuais. Desde que os games se tornaram projetos mais ambiciosos, com ambientes 3D, narrativas mais bem trabalhadas, muitos elementos do cinema foram transportados para os games.

Em especial, a estrutura de narrativa é um ponto que podemos citar. Temos personagens, situações, desenrolamentos, reviravoltas, trilha sonora, toda a produção de um grande sucesso do cinema está também ali nos jogos.

Os atores que interpretram personagens em Quantum Break, da Remedy.

Como exemplo deste tipo de produção podemos citar jogos do estúdio Remedy, como Alan Wake, Quantum Break e o mais recente Control; ou até mesmo os games da Quantic Dream, como Beyond: Two Souls e Heavy Rain. Todos eles contam com atores reais no papel dos protagonistas e personagens, e trazem uma narrativa completamente focada no mesmo estilo dos filmes. Onde o jogador pode explorar elementos do enredo com mais profundidade e acaba “participando” de um filme.

O ator Terry Crews no game Crackdown 3

Essa perspectiva levou os jogos a terem um orçamento estrondoso para serem produzidos. E alguns deles tiveram um orçamento total absurdo, que incluem toda a produção, campanha de marketing, lançamento, que ultrapassam centenas de milhões de dólares.

Até hoje, o jogo mais caro da história já produzido é Destiny, de 2014, que custou nada menos do que US$ 500 milhões de dólares. Um orçamento total de US$ 75 milhões a mais do que o ambicioso filme Avatar, de James Cameron.

E apesar do orçamento altíssimo, o game conseguiu recuperar seu investimento total no mesmo ano. Para se ter uma ideia, só no dia do lançamento vendeu o equivalente a US$ 800 milhões.


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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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