Nerdizmo

O terror invade as videoconferências no filme Host

Filme une elementos atuais ao subgênero found footage

O terror invade as videoconferências no filme Host

O terror invade as videoconferências no filme Host

Para alguns, videoconferências já são temas suficientes para uma história de terror. Brincadeiras à parte, o filme Host traz premissa e execução originais em tempos de isolamento social.

O longa britânico dirigido por Rob Savage é centrado em uma videoconferência entre amigas que acaba se tornando um verdadeiro pesadelo. O diretor manipula um tema já batido do subgênero sobrenatural transformando-o em algo original e intenso.

Atualmente, o Zoom é ferramenta indispensável para aulas, encontros entre amigos, reuniões de trabalho e tudo aquilo que podíamos fazer presencialmente, e sem neura, antes da pandemia do novo coronavírus. Dessa forma, o longa representa muito bem nossa situação atual.

As amigas fazem uma reunião para invocar espíritos com a ajuda de uma médium, embora muitas delas não levem o conceito muito a sério.

É interessante como tudo se desenvolve através da tela do computador, e o filme tem apenas 57 minutos de duração, já que tudo corre “em tempo real” no tempo limite que uma conferência no Zoom é permitida gratuitamente.

Lembrando um Bruxa de Blair moderno, Host traz uma nova maneira de explorar o subgênero found footage, que se utiliza das características da mídia e de um enredo simples, mas com muita originalidade na hora de deixar o espectador tenso e dar bons sustos.

O filme tem uma atmosfera crescente de terror. Brincando com várias situações identificáveis por qualquer pessoa em quarentena, ele caminha lentamente longe desses elementos divertidos para situações angustiantes.

Filme Host manipula de maneira original o subgênero found footage

A grande sacada de Host é que todos os personagens estão vulneráveis, sendo que apenas os espectadores e outros amigos na conferência são capazes de ver melhor o que acontece atrás de cada um deles.

Se tratando de um tema sobrenatural, naturalmente já ficamos em alerta, tentando mapear o que pode dar errado ali atrás das pessoas na tela, e obviamente já nos sentimos inquietos.

Além de mostrar que invocar espíritos nunca é uma boa ideia, seja ao redor de uma mesa ou em videoconferências, Host também exalta a criatividade do diretor Rob Savage ao produzir um filme inteiramente em confinamento – ele conseguiu escrever, criar, filmar e editar tudo sem a necessidade de se encontrar com os atores ou a produção. O elenco foi responsável por enquadrar as câmeras e cuidar da melhor iluminação para as cenas.

“Eu sou obsessivo por streaming de terror. Quando a quarentena começou, passei semanas maratonando, então me deparar com a estreia de um novo filme apenas alguns meses depois é incrível. O estúdio entendeu o potencial desse pequeno filme maluco desde o primeiro dia e nos apoiou totalmente em fazer à nossa maneira”, disse o diretor sobre a produção do filme pelo estúdio e serviço de streaming de terror Shudder.

Seja para conferir a execução criativa de um filme todo produzido durante a quarentena ou para desfrutar de uma refrescante história de terror, Host merece a sua atenção. No fim das contas, o pior que pode acontecer é que você não se sinta mais tão à vontade nas suas videochamadas… principalmente à noite.


Leia mais sobre Cinema & TV

Leia também: As 20+ melhores séries de terror para te arrepiar | 20 filmes de terror dirigidos por mulheres | Os 23+ melhores filmes de terror recentes | Os 100+ melhores filmes de suspense tensos e com reviravoltas | O necessário terror social de Jordan Peele | Porque somos fascinados por filmes de terror | 12 filmes espaciais para entender o efeito psicológico da quarentena

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments