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Maneater | Review: controlar um tubarão é divertido, mas repetitivo

Já pensou em jogar um game do filme Tubarão, o clássico de Steven Spielberg de 1975? Bem, Maneater é o mais próximo que você conseguirá disso.

Trata-se de um “simulador de tubarão assassino”, que tem como objetivo dominar os mares e rios, a fim de cometer o assassinato em massa de diversos tipos de pessoas e peixes. Tudo isso com pitadas de RPG na progressão do seu personagem.

Bem, como já ficou claro, o protagonista deste game é nada menos do que um tubarão. E você controla esse tubarão. Desde o seu nascimento até a sua glória, quando ele já deglutiu milhares de criaturas por aí – incluindo muitos seres humanos.

Desde Ecco: The Dolphin para Dreamcast não víamos um game de peixe que poderia ser interessante. Eis aqui um exemplar. Onde basicamente temos um jogo de exploração sub-aquática baseado em vingança.

Claro que não há os elementos ficcionais de Ecco, mas Maneater é sim um jogo de fantasia e com bastante toques de humor. O tubarão que você controla de fato não se comporta como um animal real, e os acontecimentos também não são próximos da realidade. Pelo contrário, tudo seria muito maçante. E este jogo tem como foco a diversão.

Com gráficos bem bonitos embaixo da água, há um mundo relativamente vasto para explorar, e a jogabilidade consiste basicamente em explorar o mundo e evoluir o tubarão com novas habilidades e ao travar batalhas contra outros seres marinhos, humanos ou caçadores de tubarões.

A princípio, o game é bastante atrativo e divertido. No começo é bem legal caçar seres humanos enquanto gritam de pavor e tentam fugir, ou outras criaturas marinhas. Mas depois de algum tempo, a coisa fica bem repetitiva. E o jogo consiste em basicamente espancar o botão de ataque, de novo e de novo. Sem parar.

As missões são bem limitadas, consistem em limpar praias de humanos, lutar contra barcos caçadores, comer outros animais e explorar é basicamente tudo o que tem para fazer. A variedade de gameplay cai em um marasmo, e se torna mais um “trabalho” seguir em frente na narrativa do que algo realmente divertido.

A parte técnica é boa. Gráficos, trilha sonora, sons. Apesar de tudo isso, a narrativa não prende, tem umas piadas bestas e não nos chama a atenção para assuntos reais e preocupantes: como o caso de tubarões serem caçados no mundo todo e terem chegado quase à beira da extinção.

Talvez pudesse ter mais conteúdo útil, diferentes tipos de missões, jogabilidade ou uma mensagem que nos traga alguma informação legal. Massacrar um botão o jogo inteiro como missão principal não é tão atrativo quanto o jogo inicialmente aparenta ser legal. Infelizmente, a diversão dura pouco.

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Flávio Croffi

Jornalista há mais de 18 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principoais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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