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Isaac Asimov brincou de prever 2019 e acertou

Em 1983, Isaac Asimov brincou de fazer previsões para 2019 em um artigo a pedido do jornal canadense Toronto Star. E acertou

Isaac Asimov brincou de prever 2019 e acertou

Em 1983, Isaac Asimov fez previsões para 2019 em um artigo a pedido do jornal canadense Toronto Star. A imaginação do renomado escritor viajou para 35 anos à frente, longe das civilizações galácticas e robotizadas que ele imaginava em suas ficções científicas, e realmente próximas e certeiras do que vemos hoje.

Asimov escreveu incontáveis histórias densas com toques acadêmicos. Ele era bioquímico e lecionava na universidade. Seu olhar lançado ao nosso presente previa missões espaciais, avanços tecnológicos e como eles influenciaram na educação e hábitos de trabalho.

Tecnologia

No artigo, muitas vezes ele menciona o termo “objeto móvel computadorizado” e, embora não seja especificado, é algo muito semelhante ao smartphone que temos em mãos hoje. Segundo o autor, esses dispositivos iam entrar nas residências e fazer parte da vida das pessoas. Essa ideia já era abordada em seu conto A Sensação de Poder (1957), quando ele menciona um “computador de bolso”.

Ele ainda dizia que, em 2019, os computadores seriam indispensáveis para a sociedade, e isso traria muitos benefícios. O autor ressalta como todos deveriam aprender a usá-los, porque a nova dinâmica da sociedade exigiria imediatismo e trabalhos mais rápidos – os computadores seriam parte fundamental disso.

Asimov aponta que uma “alfabetização” tecnológica evitaria que a geração seguinte não estivesse qualificada para trabalhos de maior demanda. Assuntos visíveis hoje, inclusive essa divisão digital.

Curiosamente, ele também previu que alguns empregos desapareceriam por conta dos robôs e computadores, que seriam agora responsáveis por atividades repetitivas.

Mas o trabalho sofreria apenas uma transformação: mais empregos seriam criados do que destruídos. Essa é uma questão muito debatida atualmente com a implementação de Inteligência Artificial e robôs, e muitos artigos exploram como não seremos substituídos, apenas um complementaria o outro. Será?

Educação

O autor diz que os computadores serão uma peça fundamental na questão da educação, e os professores seriam apenas meros guias de ensino. Não é ainda uma realidade, mas ainda sobre o tema, ele é certeiro em outra ideia: nesse futuro, a educação seria muito mais divertida, porque qualquer pessoa poderia aprender o que quisesse, quando quisesse – te lembrou a internet?

Embora sua visões não fossem tão pessimistas (e igualmente certeiras) quanto George Orwell e Aldous Huxley, ele também traz um contraponto negativo ao futuro: estariam presentes em nosso 2019 “a superpopulação, a poluição e o militarismo”.

Meio Ambiente

Este tema já não vem acompanhado de seu otimismo. “As consequências em termos de resíduos e poluição se tornarão mais evidentes e insuportáveis com o tempo, e as tentativas de lidar com isso serão mais desgastantes”, escreveu. Mas ele também acreditava que teríamos em nossas mãos as ferramentas que solucionariam tais problemas.

Vida no espaço

Ele imaginava que neste ano já estaríamos construindo casas para colonizações espaciais e veríamos missões espaciais para estabelecer estações de mineração em solo lunar. De fato, este tema é algo que nações estão em busca de concretizar. E a missão chinesa que germinou semente na Lua está aí para provar. A NASA inclusive já fez concurso para projetar casas que poderiam nos abrigar em outros planetas.

Asimov ainda aponta que essas mudanças que transformariam a civilização seriam apenas o começo de outras muito maiores que estariam por vir. Agora fica para nós, pessoas que podem ler este artigo no ano de 2019 e não só compará-lo com a realidade, mas levar nossa imaginação também a um futuro de 35 anos.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

Categorias:
Ciência
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