Não são poucos os momentos em que perdemos o fôlego em Gravidade – o novo filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón. Conhecido por obras como Y Tu Mamá También (2001) e Filhos da Esperança (2006), ele resolveu deixar de lado a superfície para explicar um pouco como funciona a vida de quem vive no espaço.
É certo que podemos comparar Gravidade a filmes como 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e Solaris (o original, de 1972). Ele é mais uma dessas histórias sobre o que o espaço pode nos ensinar.
Ao acompanhar apenas as vozes do rádio da Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) e do comandante da missão de reparos no telescópio Hubble, Matt Kowalsky (George Clooney), nos sentimos no vácuo.
A solidão espacial é apresentada em um cenário de perigo iminente que faz você se aproximar dos personagens devido ao desespero que o roteiro oferece. Apesar de Gravidade ser megalomaníaco, o que acontece com os personagens é passível de acontecer com qualquer outro astronauta.
As câmeras rápidas e certeiras de Cuarón criam uma espécie de laço de identidade com o telespectador. Enquanto a Dra. Ryan expressa o seu desespero devido a falta de experiência e fragilidade emocional, Kowalsky faz questão de adicionar – com um toque de bom humor – esperança para um destino que é aparentemente certo: a morte.
Os efeitos especiais criam um ambiente perfeito e poeticamente lindo. Por um lado, as faixas de luz do Sol se alastram pelos continentes. Por outro, o desespero de permanecer para sempre na escuridão do espaço, à deriva.
Sutilmente, a trilha sonora alterna vibrações, silêncio, música, falas e respirações. Quase que de forma matemática, cada som, cena, diálogo e movimento compõem uma espécie de dança cinematográfica.
Vale ressaltar que o uso do 3D é feito de forma primorosa. A profundidade da tela nos leva até o espaço e causa ainda mais pavor e fascínio. Não é sempre que você sente poder agarrar as lágrimas de uma pessoa em desespero.
Mesmo apresentando um ambiente com gravidade zero, Gravidade não se trata de espaço ou estrelas. Mas sim da relação humana com o vazio. De significados pessoais. Do renascimento. Uma mensagem para cada um de nós.
Nota: 5/5
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Ficha Técnica
Diretor: Alfonso Cuarón Roteiro: Alfonso Cuarón, Jonás Cuarón, George Clooney Site oficial: http://gravitymovie.warnerbros.com/#/home
Elenco: Sandra Bullock, George Clooney, Basher Savage, Eric Michels, Ed Harris Produção: Alfonso Cuarón, David Heyman Fotografia: Emmanuel Lubezki Trilha Sonora: Steven Price Duração: 90 min. Distribuidora: Warner Bros Estúdio: Heyday Films / Reality Media / Warner Bros. Pictures
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