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Estudo culpa Disney por racismo, violência doméstica, hiperssexualização

O estudo foca principalmente na representação das mulheres nas animações da empresa.

Estudo culpa Disney por racismo, violência doméstica, hiperssexualização

Dois pesquisadores da Universidades de East Anglia e Nottingham lançaram um estudo que culpa a Disney por disseminar comportamentos racistas, violentos e hiperssexualizados.

Eles incluem na jogada diversos dos clássicos como “Alladin”, “A Bela e a Fera”, “Branca de Neve”, “A Bela Adormecida”, “Rei Leão” e outros.

Entre a glorificação da anorexia e o racismo, os resultados dos estudos são bastante provocantes.

Para começar, em “Alladin” e “Rei Leão”, por exemplo, inserem os personagens (tanto humanos como animais) de pele mais escura como vilões. Enquanto os personagens de pele mais clara são os mocinhos – de acordo com a pesquisadora Dr. Victoria Cann, em entrevista ao jornal The Sun.

Quanto a Jasmin, a pesquisadora diz que ela basicamente usa um top de bikini, querendo dizer que há uma hiperssexualização na personagem.

Estudo culpa Disney por racismo, violência doméstica, hiperssexualização.

O estudo foca principalmente na representação das mulheres nas animações da empresa.

A “Bela Adormecida”, por exemplo, além de representar a personagem com uma cintura extremamente fina, não respeita a noção de consentimento – levando em conta que o príncipe a beija enquanto está dormindo, sem qualquer permissão.

Quando se trata de “Cinderela”, o desenho promove a superficialidade com um enredo centrado nas roupas, com o vestido arrojado que a ajuda a seduzir o príncipe e, claro, o brilhante calçado de vidro.

Já na “Branca de Neve”, a moral da história é que uma mulher deve aguardar pacientemente (e limpar a casa) até um príncipe aparecer e dar sentido para a vida dela.

A “Bela e a Fera”, de acordo com os pesquisadores, é o pior:

“Isso é o mais perigoso porque a Fera sempre se sente à beira da violência. Também dá a idéia desconcertante de que, se uma mulher perseverar o suficiente, ela pode mudar um parceiro agressivo.

No final, a fera se transforma nesse homem branco de cabelos loiros feliz para sempre, dando a ideia de que ‘agora ele é bonito, por isso não pode estar com raiva ou ser ameaçador’. “

Felizmente, as coisas estão mudando, e as animações mais recentes da Disney tem mudado um pouco como as personagens femininas são retratadas. Como o caso de “Frozen”, em que há duas irmãs independentes que colocam suas aventuras em primeiro lugar, ao invés de homens.

Além disso, o foco nas animações mais recentes estão mais em mulheres heroínas, ao invés de homens, como o caso de “Moana”.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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