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[Entrevista] Game brasileiro No Heroes Here aposta na simplicidade e jogo em equipe

Com um gameplay viciante, os jogadores precisam sobreviver a ataques de tropas inimigas

[Entrevista] Game brasileiro No Heroes There aposta na simplicidade e jogo em equipe

No Heroes Here é mais uma empreitada interessante no ramo de jogos brasileiros. Trata-se de um simpático jogo criado pelo estúdio paulistano Mad Mimic Interactive, onde os jogadores trabalham cooperativamente para defender um castelo.

Com um gameplay viciante, os jogadores precisam sobreviver a ataques de tropas inimigas. No entanto, as coisas não são tão fáceis assim. É preciso gerenciar os recursos e jogar em equipe com os aliados para ter sucesso em cada fase.

Cada jogador fica responsável por uma área de canhões, enquanto outros podem trabalhar apenas no transporte e confecção de dos tipos de armamentos possíveis.

Como a defesa funciona por meio de canhões, é preciso criar munições especiais para as armas com o fim de detonar o inimigo. E a lista de munições traz diversos tipos de elementos, como uma galinha maluca, potes de mel, etc.

Cada munição precisa de certos materiais para ser produzida. E os canhões precisam ser carregados e disparados, depois limpos, para poder efetuar um disparo novamente.

Toda a jogabilidade gira em torno do trabalho em equipe, o que envolve a necessidade de comunicação contínua, atenção e habilidade de todos os jogadores para que possam trabalhar juntos e vencer as hordas inimigas em cada fase.

Os gráficos, coloridos e em pixels, remetem à produções retrô e dão um tom caricato para o jogo, o que o torna [de forma isntantânea] visualmente agradável, junto com uma trilha sonora que dá todo o ar “medieval-bits” que o jogo passa.

Com certeza uma agradável surpresa para passar um tempo se divertindo com amigos, família ou online. Não é à toa que o game vem ganhando destaque internacionalmente e foi selecionado para participar da Penny Arcade Expo (PAX)

Veja algumas imagens e o trailer do jogo a seguir:

Entrevista – No Heroes There

Para saber um pouco mais sobre o game, conversamos com os desenvolvedores da Mad Mimic Interactive: o COO Luis Gustavo Sampaio e o CEO Luís Fernando Tashiro.

GEEKNESS: Fale um pouco sobre o estúdio, a Mad Mimic Interactive.

R: A Mad Mimic Interactive é um studio novo de games foi fundado em janeiro de 2017, o estúdio surgiu de um spin off de um outro estúdio de games e aplicativos, conhecido como Studio ZYX, porém como o ZYX desenvolve tanto jogos educacionais como apps, foi decidido criar um novo nome fantasia para os jogos de entretenimento, assim nascendo a Mad Mimic Interactive.

De onde surgiu a ideia e como foi o início do desenvolvimento de No Heroes Here?
Separamos três dias para nos dedicarmos exclusivamente ao brainstorm inicial.
Cada integrante da equipe (éramos em apenas 5 profissionais na época) ficou encarregado de trazer três ideias boas e três ideias ruins.
Foi curioso que no último dia nenhuma das ideias que trouxemos tinha sido mantida, porém chegamos a dois conceitos.
Começamos a produção desses dois protótipos em paralelo. Cada time tinha um programados e artista, e o game designer atendia a ambos.
Fechamos dois protótipos, mas tínhamos que nos focar em apenas um. Adotamos os seguintes critérios para decidir qual projeto iríamos nos dedicar: A aceitação da indústria.
Levamos os títulos para a Game Connection Europe 2016, em Paris.
Quando vímos o destaque em que No Heroes Here teve, não tivemos dúvida.

Quais foram as principais referências para a criação do game?
Overcooked e Lovers in the Dangerous Spacetime.

Qual foi [e ainda é] o aspecto mais difícil na produção do jogo?
Acredito que cada parte tem o seu grau de dificuldade tanto na arte, como programação e design.
Uma das partes mais difíceis seja o balanceamento do jogo, tanto para 2, 3 e 4 jogadores, porque dependemos de vários jogadores testando o game. Uma vez que o balancemento é feito, é preciso refazer os testes com os jogadores. Este processo é lento e contínuo.
Outro ponto que podemos chamar de difícil é a parte do on-line multiplayer.

Vocês criaram ele usando quais tipos de ferramentas? E quantas pessoas fazem parte da equipe?
Para o desenvolvimento do No Heroes Here utilizamos a Unity3D Engine com o Photon, para a parte da arte usamos o Photoshop e o Pyxel Edit.
O time de desenvolvimento é composto por 7 pessoas e 3 colaboradores externos, que fazem a parte de roteiro, sfx e trilhas.

Como funcionará o modo de distribuição? Será um jogo pago ou gratuito? Caso seja pago, há estimativa de preço?
A distribuição para PC será via Steam e outros marketplaces similares, também vamos distribuir para PS4 e XboxOne.
O jogo será premium e será comercializado no valor de US$14.99

O que os jogadores podem esperar em No Heroes Here? Quais os principais aspectos e diferenciais que o game oferece?
Um jogo frenético, com muita ação, um mix de sentimentos entre desespero, alivio, tensões e gritaria.
O principal diferencial do nosso jogo em relação as nossas inspirações é o On-line Multiplayer e a temática

Depois de lançado, vocês continuarão a lançar conteúdo novo, atualizações, ou pretendem partir para um novo projeto?
A equipe já está trabalhando em um conteúdo novo, além de eventos especiais que vamos ter com o No Heroes Here.
Uma parte da equipe vai começar protótipo do novo game.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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