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Dispositivo imprime pele diretamente no machucado

Outros tipos de tratamentos podem ter suas desvantagens, segundo o pesquisador

Dispositivo imprime pele diretamente no machucado

Em 2018, cientistas revelaram a existência de um dispositivo portátil que imprime pele diretamente no machucado, especialmente em feridas de vítimas de queimaduras.

“A analogia é um dispensador de fita adesiva”, disse o pesquisador Axel Günther à Smithsonian Magazine na época, “onde, em vez de um rolo de fita, você tem um microdispositivo que espreme um pedaço de fita adesiva.”

Nesta ano, porém, a equipe publicou os resultados promissores de seu mais recente teste do dispositivo na revista Biofabrication – colocando-o um passo mais próximo do uso real em clínicas de pacientes com queimaduras.

Atualmente o método mais comum para tratamento com pacientes de queimaduras graves é o enxerto de pele, que envolve a remoção do tecido danificado e sua substituição por pele saudável de outra parte do corpo.

Mas, em alguns casos, os enxertos não são uma opção viável.

“Em casos em que um paciente tem queimaduras extensas e de espessura total – que destroem as camadas superior e inferior da pele – nem sempre há pele saudável suficiente para ser usada”, explicou Günther em um comunicado à imprensa.

Outros tipos de tratamentos podem ter suas desvantagens, segundo o pesquisador. E é aí que um dispositivo que “imprime uma nova pele” pode ser bem interessante.

O dispositivo da equipe elimina a necessidade de enxertos, depositando tiras de um tecido especial e artificial diretamente sobre a ferida.

Este tecido contém proteínas curativas, bem como células que auxiliam o sistema imunológico do corpo e estimulam o crescimento de novas células.

A equipe testou seu dispositivo em queimaduras de espessura total em porcos – e ficou muito satisfeita com os resultados.

“Descobrimos que o dispositivo depositou com sucesso as ‘lâminas de pele’ nas feridas de maneira uniforme, segura e confiável, e as lâminas permaneceram no lugar com apenas um movimento mínimo”, disse o pesquisador Marc Jeschke no comunicado à imprensa.

“Mais significativamente, nossos resultados mostraram que as feridas tratadas com [células do estroma mesenquimal] cicatrizaram extremamente bem”, continuou ele, “com uma redução na inflamação, cicatrizes e contração em comparação com as feridas não tratadas e aquelas tratadas com uma estrutura de colágeno.”

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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