Bolsonaro no Batman: Frank Miller zoa ao chama-lo de Bozo em HQ

O Bolsonaro no Batman é um dos tópicos comentados recentemente, que insere o presidente brasileiro como uma paródia na nova HQ do Cavaleiro das Trevas criada por Frank Miller e pelo artista brasileiro Rafael Grampá: The Dark Knight Returns: The Golden Child.

Os artistas inseriram uma paródia nos quadrinhos, citando Bolsonaro como “J. M. Bozo”, em um tweet em que ele apoia o candidato a lá Donald Trump que aparece na HQ, citado ali apenas como “Governador”.

No quadrinho, Bozo cita no Twitter a frase:

“Se fosse por mim, todo cidadão de bem teria uma arma de fogo em casa”.

A narrativa também insere outros eventos políticos atuais no mundo, como alusão aos protestos de Hong-Kong e a ativista ambiental Greta Thumberg.

Na HQ, vilões como Coringa, Darkseid, entre outros, manipulam as eleições para eleger um candidato que faz clara referência a Donald Trump.

The Dark Knight Returns: The Golden Child não tem ainda previsão de lançamento no Brasil, mas levando em conta a relação dos autores com o país (Frank Miller e Grampá estiveram por aqui na Comic-Con Experience 2019), não deve demorar muito para ser publicada.

Imaginamos que com certo furor por parte do governo, é claro, já que depois dessa Frank Miller provavelmente entrou na lista dos “comunistas” para a facção família Bolsonaro.

O roteirista inclusive declarou em uma entrevista recente:

“Cavaleiro das Trevas sempre brincou com política, isso sempre foi uma temática, desde os tempos de Ronald Reagan (40º presidente dos Estados Unidos e o que estava no governo na época da primeira minissérie). Isso é parte da história. É política. É uma paródia política, e me divirto com isso”, analisou o quadrinista. “Quem se ofende com política nos quadrinhos são justamente aqueles que deveriam se sentir ofendidos”

Vale lembrar que Miller sempre cutucou a extrema direita e o fascismo. Na obra Cavaleiro das Trevas, por exemplo, Batman é um velho anarquista que luta contra um Superman babaca, que é um mero fantoche do governo fascista norte-americano.

Em Ronin, outra de suas grandes obras, um ex-samurai reencarna em um paranormal aleijado a fim de derrotar megacorporação dominada pela aliança entre neoliberais e um antigo demônio do Japão feudal.

Já em 300, os espartanos lutam contra um ditador imperialista que simplesmente quer dominar as terras deles com um exército gigante.

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