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A Teoria de Tudo | Crítica: A vida de Stephen Hawking

Uma fonte de inspiração, ternura, bons sentimentos e esperança. Este é A Teoria de Tudo (The Theory of Everything), filme que conta a emocionante história de Stephen Hawking, um dos maiores gênios da atualidade.

O longa, que com certeza é um dos [se não ‘o’] melhor de 2014, conta a história do astrofísico desde que ele começou a faculdade, quando desenvolveu suas primeiras teorias sobre o espaço e tempo, e quando conheceu Jane Wilde, uma estudante de línguas que posteriormente se tornou sua esposa.

De uma forma descontraída e suave, acompanhamos a sofrida história de um garoto que se deparou com uma doença rara, que debilitou todos os seus movimentos e fala – mas que permitiu que o seu cérebro continuasse funcionando normalmente.

Entre lágrimas e risos, temos a gratificante e sensacional atuação de Eddie Redmayne, que interpreta Hawking com maestria. Todo o restante do elenco, como Felicity Jones (Jane) até David Thewlis (o professor Dennis Sciama), também fazem um trabalho excepcional; Junto da edição, direção (de James Marsh, mesmo responsável pelo excelente documentário ‘O Equlibrista’), trilha sonora, visual e montagem geral do filme, tornam a história muito agradável de acompanhar e nos prende na tela do começo ao fim.

Stephen é uma prova viva de superação e inspiração para qualquer pessoa no planeta. Os médicos deram a ele dois anos de vida quando descobriram a doença. No entanto, ele vive até hoje (está com 73 anos) e é um dos cientistas mais famosos do mundo pela sua incrível genialidade – que se estende não só para o campo da cosmologia e física, mas também para o modo de levar a vida.

A maior parte do tempo ele se dedicou a pesquisar sobre buracos negros, tempo, universo, espaço e os principais mistérios sobre a vida. A ideia dele é que um dia todos os segredos e o significado de tudo seja explicado apenas uma equação.

Apesar de não ter espaço para muitas teorias, o filme explica muito bem os principais pilares das ideias de Hawking com sentenças simples, rápidas e claras. O resto é direcionado para o mundo em torno dele – sua família, amigos e a relação de amor em seu sentido mais puro em relação a essas pessoas, o que certamente contribuiu para suas incríveis descobertas.

Como uma pessoa otimista, engraçada, inteligente e cativante, o personagem de Hawking cativa os espectadores e instantaneamente faz com que nos tornemos fãs dele.

Em determinado momento do filme, Hawking expressa uma sentença memorável e tocante. Por ela, dá para entender um pouco de como este homem, que nunca deixou de ser um garoto simpático e divertido (mesmo com suas inúmeras limitações) é tão incrível.

“É claro que somos apenas primatas evoluídos vivendo em um planeta pequeno que orbita em uma estrela comum, localizado no subúrbio de bilhões de galáxias. Mas desde o começo da civilização as pessoas tentam entender a ordem fundamental do mundo. Deve haver algo muito especial sobre os limites do universo. E o que pode ser mais especial do que não haver limites? Somos todos diferentes. Por pior que a vida possa parecer, sempre há algo que podemos fazer e podemos obter sucesso. Enquanto houver vida haverá esperança”.

A Teoria de Tudo é um filme espetacular. Fica na mente e no coração por um bom tempo. E vez ou outra retorna aos nossos pensamentos com uma chama de esperança e ternura, para nos lembrar de como a vida é tão curiosa, rara e ao mesmo tempo tão simples.

Nota: 5/5

A Teoria de Tudo

Flávio Croffi

Jornalista há mais de 18 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principoais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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